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Wednesday, June 22, 2011

OS «RAZÍADAS» por Luís Vaz de Cá (Mões, Beira Alta) Canto Quarto, Estr.1 a 4

1- Depois de anunciada tempestade

Nocturna sombra e sibilante vento

Já nem a manhã traz claridade

Esperança de Porto ou salvamento

Esconde-se o sol na obscuridade

Agravando o temor no pensamento

Assim na República aconteceu

Depois que o bom crédito faleceu




2-Porque, o muito que alguns desejaram

das misérias e tristezas se vingando

E das europeias verbas se aproveitaram

com a benção de quem estava no comando

E em muito pouco tempo alcançaram

grande pecúlio, sempre acumulando

como se do País fossem capatazes

(e inda se diziam bons rapazes)




3 - Ser isto ordenação pouco divina

Por sinais muito claros se mostrou

quando a mentalidade pequenina

a destruição das pescas subsidiou

mais a da agricultura -que mofina-

mais a indústria que o demo já levou

para a China Hong-kong, Myamar

(e outros mais, que isto está a mudar)




4 - Alteradas então do Reino as gentes

Co ódio que ocupado os peitos tinha

Absolutas cruezas e evidentes

Dando ao Povo o furor pois que vinha

Vendo sucumbir amigos e parentes

Por adúltero Governo e por mesquinha

Gestão da pedinchice desonesta

E no fim que pague o povo «a festa»

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Viseu, Beira Alta, Portugal
autor satírico, cartoonista pseudónimo de António Gil, Poeta e Ficcionista, Não sectário, Agnóstico, Adepto Feroz da LIberdade de Imprensa e de Opinião...

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