de candeia às avessas
anda o tonto atarantado
tantas vezes enganado
por cantigas e promessas
escolhe o dono pela cor
a coleira pelo brilho
fareja no chão o trilho
que lhe indica seu senhor
nada nele é genuíno:
mesmo se jura sua fé
tem expressões de chipanzé
com tiques de babuíno
nada nele há de seu
abana a cauda canina
tem na barriga auto-estima
crê ter um pacto com o Céu
e em servil, doce abandono
lingua de fora, ofegante
pau na boca, radiante
devolve o seu, a seu dono
tudo nele, já é partido
e tão partidário se fez
que se partiu de uma vez
sem nunca inteiro ter sido
Pelorinho de Bragança. imagem extraída da pág: http://www.ipb.pt/~luiscano/Pintura/Pintura.htm
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