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Wednesday, August 10, 2011

OS «RAZÍADAS» por Luís Vaz de Cá (Mões, Beira Alta) Canto Quinto, Estr. 1 A 4



1 - E eis chegado o tempo das vacas magras
Que as gordas, lá pelos ministérios
Para  alheios fundos tendo bem largas
As patas que, segundo certos critérios
Dinheiro distribuem às carradas
E ainda tratam com impropérios
Quem chama atenção para o desperdício
Que esse luxo, já há muito se fez vício


2 - Finda a verba, corta-se no salários
Na escola, na saúde, e no Natal
Mas nunca nos lucros bilionários
Dos Bancos e do Grande Capital
Sejamos magnânimes, solidários
Poupemo-los ao peso fiscal
Paguem os pobres como sempre sói
(Diz que a quem se habitua, nada dói)


3 - E tornem-se as pensões vitalícias
Secretas, para evitar dos jocosos
Ironias, dichotes e malícias
Que os miseráveis e andrajosos
Encontram na má-língua tais delícias
Que é doce vingança dos invejosos
Vasculhar segredos contabilísticos
Com a lupa própria dos sumíticos


4 - ( Todos os dias na tv , como numa missa
Senhores bem falantes, de gravata
Censurado da ralé a cobiça
Pelos bens e valores dessa nata
Cujo luxo, a  insensata ira atiça
Apelidam a turba de ingrata
Saberá ela, porventura, quanto sofre
Quem quer pôr o Mundo no seu cofre?)

1 comment:

  1. ...cortemos-lhe o pio e as manápulas...que bem merece essa cambada de vândalos da paz humana!!
    ...vasculhemos os segredos e aventemo-los ao povo que já começa a fervilhar de indignação, por terras não muito longínquas!! Pelo caminhar, Razíadas vai superar o Luizito, em cantos...é que há tanto parara "cantar" e que bem que CANTAS!!!!

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Viseu, Beira Alta, Portugal
autor satírico, cartoonista pseudónimo de António Gil, Poeta e Ficcionista, Não sectário, Agnóstico, Adepto Feroz da LIberdade de Imprensa e de Opinião...

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