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Thursday, July 21, 2011

Elitist Families by Lilith Lovelace

I never got any satisfactory answear to this simple question: considering fair the economical triumph of the pigs, what is the justice of having, on the other side of the pig house, so much suffering and misery?, 
The central issue, for me, is less to know if the good lifers deserve what they have than finding out if the ones that suffer realy deserve their pain. 
I know there is a schizophrenic vision of the world, spread by the ultralibs and neocons of both sides of the Atlantic, according to wich richness and poorness are not comunicating vessels. In this kind of vision, the vessel of the rich can always get more and more filed without emptying (even more) the other side. 
In a time of furious demand of the finite resourses of the planet, (fossil energies, metals, water), I don't think I need to show more proves of the mental indigence of such a vision. 
Instead, I prefer to say I'll never find acceptable that one person (or family) has more money than hundreds of crowded nations, like it happens nowadays, without scandal of anyone.
The elitist families that roule today our world live out of this world: They live in Paradise Islands, served by small batallions of «employees», watched by videovigilance systems and guarded by efficient private armies.
Their goods, money included, is also not to mix with the savings of any working family, not even the bank accounts of the small bosses: a member of the Elitist Family would never accept this kind of promiscuity, even if we are talking of tradable things.
They find the simple concept of sharing so outrageous, that none of them should accept beeing observed by a doctor who had contact with other pacients, by a lawyer who should be working for other clients, and even less by a chef who was cooking for mor people or a hooker who was also serving (or should serve) someone else.
So they have to hire people in exclusive regime, a little like the domestic roman slaves, entirely dedicated to their masters.
Used to be the center of all atentions, even when they hide from the public view, they manage their public declarations as their silences in the same way they do with their money: always thinking in their own profit. In the moment of death itself, when they are religious, they'll have by their side an archbishop or even the Pope, otherwise what influence could a simple Preast over the All-Mighty?
This is, in fact, the only misery of this creatures: to remmember they haven't yet gathered enough money to buy eternal life. 
As consolation for such unhappiness, they expect that God, in His unlimited kindness, already did make a reserve for them in Paradise, according to their status, and so far way from the stinky population as they allways were on Earth!




Nunca tive uma única resposta que considerasse satisfatória a esta simples pergunta: Ainda que houvesse mérito no triunfo económico dos porcos, seria justo que do outro lado da pocilga se acumulasse tanta miséria e sofrimento? A questão que me incomoda, mais do que saber se quem tem boa vida a merece, é a de saber se quem sofre merece, realmente, sofrer. 
Sei que há uma visão esquizóide do mundo, divulgada pelos ultralib e neocons dos dois lados do Atlântico, segundo a qual riqueza e pobreza não são vasos comunicantes. Nesta visão, o «vaso» dos ricos pode continuar indefinidamente a encher sem que o outro vaso esvazie ainda mais. 
Numa época de desenfreada corrida aos recursos finitos do planeta (energias fósseis, metais, água), nem preciso de apresentar mais provas da indigência mental de tal visão. Interessa-me antes dizer que nunca considerarei aceitável que um indivíduo ou família possuam mais dinheiro (que compra aqueles recursos) que centenas de populosas Nações somadas, como se passa hoje em dia, sem que tal faça ninguém corar de vergonha.
As famílias elitistas que hoje comandam o mundo, vivem fora do mundo: habitam em fantásticas ilhas privatizadas, servidos por pequenos batalhões de serviçais, guardadas por sistemas de videovigilância e temíveis exércitos particulares. 
 Os seus bens, dinheiro incluído, também não se misturam com as contas poupança de qualquer família de trabalhadores, nem mesmo com as contas dos capatazes: jamais um membro da família elitista toleraria a ideia de tais misturas, mesmo entre objectos circuláveis. 
É-lhes tão atroz esse conceito de partilha que nenhum deles aceitaria ser observado por um médico que também tocasse outros pacientes, ou por um advogado que servisse outros constituintes, menos ainda por um cozinheiro que confeccionasse também refeições para outros, ou por uma prostituta que tivesse servido ou viesse a servir mais alguém, donde se lhes torna imperativo contratar gente trabalhe para eles em regime de exclusividade, um pouco como os escravos domésticos romanos, inteiramente dedicados aos seus amos.
Habituados a ser o centro das atenções mesmo quando se escondem da atenção geral, gerem as suas declarações públicas e os seus silêncios como o resto dos seus bens: sempre em função do interesse próprio.
Na própria hora da morte, se forem religiosos, com toda a certeza terão no leito de morte um arcebispo senão mesmo o Papa, pois como poderia um vulgar padre exercer a sua influência junto do Todo-Poderoso?, 
Esta é, de resto, a grande infelicidade que pode vitimar estas criaturas: lembrarem-se que ainda não conseguiram reunir dinheiro suficiente para comprar a imortalidade (não me refiro à imortalidade metafórica mas à real, à física).
Para se consolarem de tal infortúnio porém, sabem que Deus, na sua infinita sabedoria, já lhes reservou uma suíte  no Paraíso, condizente com o status, de preferência  longe da populaça mal cheirosa que, já em vida terrena, sabia bem ocupar o seu lugar...

2 comments:

  1. Marx teve razão antes do tempo, agora que se confirma a sua teoria da predação do homem pelo capital parece que já ninguém se lembra dela... Por isso mesmo são tão úteis e importantes contributos lúcidos e informados como este da Dr.ª Lilith. Parabéns pela exposição simples e clara daquilo que para a maioria parece tão complicado de entender (anda muita gente distraída ou dopada)

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  2. ...ai Lilith Lovelace, hoje está mais cirúrgica e quiçá mais angustiada com tanta maleficência!! Todos os que reflectem com o que, em redor, se vai passando fica certamente angustiada também!! Aqui está uma postagem reflexiva que merece ser divulgada por esse mundo fora!! Por isso vou partilhar!! Até para a semana!!

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Viseu, Beira Alta, Portugal
autor satírico, cartoonista pseudónimo de António Gil, Poeta e Ficcionista, Não sectário, Agnóstico, Adepto Feroz da LIberdade de Imprensa e de Opinião...

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