17 - Estavam pelos lares temerosas
E de um infame medo quase frias
rezando as gentes, sempre tão piedosas
Prometendo jejuns e romarias
E eis que chegam novas belicosas
Os banqueiros pérfidas garantias
sacam do Estado, o tal a que gordo
chamavam (antes de o chuparem todo)
18 - Este ano sem arcos, bandeiras
E sem balões de todas as cores
Até as populares brincadeiras
Se ressentiram de tais rigores
Mesmo no tempo seco que nas eiras
Os cereais deixaria aos lavradores
(Não fora a desgovernada inculturaTer já acabado com a Agricultura)
19 - Suspeitam as gentes que este ano
Possa ser melhor do que o por vir:
Logo em doce embalo, grande engano
Escolhe refugiar-se em tal sentir
Donde decide, bravo e ufano
Que em grande se deve despedir
D 'um tempo que deixará saudade
Se aí vier a vera austeridade
20 - E assim se queimam os últimos cartuxos
alimentando a defunta quimera
Uns vão a casinos, outros a bruxos
(há quem tire senha e fique à espera)
Inauguram-se fontes e repuxos
( E a Água como bem público já era
Um dia destes hão-de também privatizar
A luz solar, o vento e o luar )
..e que mais nos irão tirar ou privatizar?? Será que no futuro seremos apátridas?? «D 'um tempo que deixará saudade
ReplyDeleteSe aí vier a vera austeridade»
Boa reflexão! Tomara que sirva para abrir mentalidades!!! " Os Razíadas" de Luis Vaz de Cá(mões)deveria ser obrigatório no ensino secundário!! Sigamos de "canto a canto"!!
Cá por mim penso que a privatização do vento já tarda. Todo o mundo quer mandar no vento, no calor , no frio e na chuva e só o conseguirão com a sua privatização.
ReplyDeleteA agricultura já foi chão que deu uvas. Agora só e de novo a biológica (antes barata por vias da mão de obra familiar). Esta "moderna" agricultura ficará pelas ruas da amargura (carocha), por modo das criaturas que não querem um trabalho destes... querem um emprego que dê muitas regalias... senão vão para o subsídio de desemprego (que ainda continua público - já pensaram privatizar o Instituto de Emprego???