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Friday, July 15, 2011

CONSULTÓRIO DO SEXO: Pela Dra. M. Gustava de los Placeres y Morales

Bons olhos vos vejam leitoras e leitoras desta animada página, hoje ainda mais suculenta pois envolve MISTÉRIO. Mudando um pouquinho o formato habitual, vou começar por vos relatar três casos, ocorridos em três cidades diferentes, todos envolvendo membros de uma seita religiosa que por aí anda, cujo nome (o da seita)  só revelarei no fim (para manter o suspense).

Depois de um extenuante dia de trabalho no escritório da sua firma, H.Ramos chegou finalmente a sua casa. Deixou cair, (como  predegulho que era) o seu corpo no sofá, arrancando um gemido à estrutura de madeira do pobre assento. Num gesto lento e ritual, começou por descalçar os sapatos, as meias e calçar as pantufas, tudo apenas com a mão direita. A esquerda, essa tacteava em busca do telecomando, que normalmente era encontrado antes do calçar da segunda pantufa. Desta vez porém, para sua contrariedade, viu que o famigerado objecto o olhava desafiador a partir da estante de televisão, o que significava que teria de se levantar, caminhar penosamente uns bons quatro metros, apanhá-lo e iniciar o desgastante regresso ao sofá. 
Sem outro remédio, convocou energias e levantou-se a custo. Ainda mal se tinha conseguido equilibrar de pé quando sentiu, um violento embate na sua face direita, algo que soou a uma chapada bem dada, daquelas que fazem qualquer desprevenido morder o pó. Neste caso, H.Ramos caiu desajeitadamente sobre o sofá. Atordoado, a face em chamas, olhou em volta e nada viu. Só ele estava na sala. Quem lhe batera assim? mistério...

Duas horas depois do episódio anterior, a Dra Esmeralda Preciosa da Cunha, que já colaborou neste blog, depois de uma aula falhada de equitação em que conseguiu indispôr o próprio cavalo, estava no salão de chá do clube de equitação «a Trotúlia», quando, ao levantar-se para ir retocar a sua maquilhagem ao toillette, sentiu um enorme estalão na face direita que fez voar o seu franzino corpo sobre duas mesas vizinhas para ir aterrar, sem rodinhas, junto à lareira (só de fingir, porque é fino) do sítio. Este terrível evento deu-se diante de meia dúzia de testemunhas (todos clientes, pois o barman e a cozinheira estavam entretidos na copa). E niguém soube explicá-lo: que raio atingita a Dra. Guinchona? (era essa a sua alcunha naquele meio)

Quase ao mesmo tempo, mas noutro ponto do País, o Dr. P. Dessalsa passeava o seu cão Zarrão pela floresta de Mascabréu quando, sem saber «donde chovia», começou a ser atingido por golpes semelhantes a chapadas sucessivas nas duas faces, até se ir estatelar numa Silva ali próxima. Na desorientação que se seguiu às primeiras estaladas, P. Dessalsa largou a trela, pelo que o cão fugiu,  ganindo de terror, para fora de cena. Ainda em choque, de borco sobre os espinhos acerados da planta, a face sangrando, o Dr. sentiu que uma mão lhe rasgava as roupas, minuciosamente. Pouco depois, nú, ensanguentado e na posição em que a Alemanha perdeu a guerra, começou a gritar, a suplicar por piedade. Mas ninguém lhe acudiu...

Ora então, leitores, já entenderam o que se passou? não? eu explico-vos como se vocês fossem todos morenos (loira sou eu e inteligência não me falta): as três criaturas tinham isto em comum: eram economistas. E foram os três (oh, foram muitos mais, acreditem) vítimas da «MÃO INVISÍVEL»: estas foram das que tiveram mais sorte que outras sofreram sevícias mil vezes piores.
Tudo  isto para dizer que nunca entendi esta raparigada e rapaziada que, sempre tão ciosa dos seus científicos galões, acredita em entidades místicas como essa tal de Mão Invisível. O que levará gente adulta, aparentemente sem déficits mentais assinaláveis a acreditar nestas bizarrias? como todos os especialistas dizem, acreditar na existência de algo é meio-caminho andado para um dia lhe sentir os efeitos. 
E então, ò adoradores do Deus Mercado e seus Profetas: gostaram do tratamento sado-masoch ? espero que sim, apenas por isto: vem aí mais e mais forte, portanto, vão preparando essas bochechas (vocês sabem de que bochechas estou a falar)...

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Viseu, Beira Alta, Portugal
autor satírico, cartoonista pseudónimo de António Gil, Poeta e Ficcionista, Não sectário, Agnóstico, Adepto Feroz da LIberdade de Imprensa e de Opinião...

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