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Tuesday, July 26, 2011

História Universal da Cuskice - pela Dra. Glória d'Anais de Guerra e Antas

Vamos hoje entrar num novo capítulo da HUC. Falámos até agora, de forma muito genérica, da cuskice. Passaremos a mostrar, daqui em diante, exemplos  de cuskices que tiveram considerável impacto histórico. 
Como já abordamos a pré-história da cuskice, vamos saltar agora até ao berço da escrita (e logo da História sem pré): as grandes Civilizações Labregas. Voltamos portanto ao formato pergunta resposta:

Dra Glória: quais foram as primeiras personagens célebres a ser alvo da cuskice escrita? 

- Todas as evidências até hoje (até hoje, porque continuamos a cuskar no passado) apontam para o Indalastão como o sítio onde surgiu a primeira forma de linguagem escrita: o Trânscrito. E as primeiras vítimas, aparentemente, foram os milhares de Deuses e Deusas da Terra, que viram sua vida (sobretudo a íntima) devassada por mil e um relatos sobre as suas proezas. Assim, ficámos a saber que a tal de Kali (Kalidita para os amigos), era uma brasa de mulher, segundo alguns Vedas (vedados a leigos) a esposa de Shiva (que seria neste caso, o Deus campeão dos encornados), segundo outros ela é o próprio Shiva (o que faria dele o primeiro transexual)  que um dia perdeu a cabeça e, quando a reencontrou, ela tinha mudado tanto que se pensou ser não dela mas de uma «menina da vida». 
Em resultado disso, e como também vivia num país quentinho, aquele território tornou-se dos mais populosos do mundo, pois a miúda-deusa era insaciável.  À pala do seu eterno cio, imagina-se os milhões de filhos de pai incógnito que trouxe ao mundo!
Mas se Shiva não era dos ciumentos, já Brama não brincava em serviço: cansado dos torcicolos,  para melhor poder vigiar a amada sem ter de andar sempre a voltar o pescoço,  (uma tal de Satrupa que ele próprio criou) chegou a ter cinco cabeças (depois ficou com quatro, as razões disto não são pacíficas). Assim, quer a desgraçada estivesse do seu lado direito, seu lado esquerdo, à frente ou atrás, tinha sempre o olhar fixo e desconfiado do autor dos seus dias. 
Sem outra escapatória, a rapariga fugiu para cima e refugiou-se no Céu e então o tal de Brama criou a quinta cabeça, para olhar para cima! (estás a rir-te de quê, ò Joaquim? não estou a inventar nada!... ah Já sei: ganda maroto). 
Bom, pelos vistos nem aí lhe escapou pois Satrupa (também conhecida por Sarasvati) acabou por engravidar do seu Pigmalião dando à luz Suayambhuva Manu, Pai de toda a humanidade. 

Então as pessoas preferiam cuskar a vida dos Deuses em vez da dos vizinhos? isso é espantoso!

Nada disso: uma coisa não impede a outra. Vê como é ainda hoje: desde quando as revistas de fofocas impedem as Marias e os Manéis de falar sobre os vizinhos? às vezes até servem de aperitivo! Claro que os Deuses desta velha religião puseram-se a jeito, vindo viver para a Terra,. As estrelas de Hollywood são mais espertas: refugiam-se num qualquer Paraíso, longe dos mortais mas nem assim escapam à cuskice. Tal como Brama fazem as suas plásticas mas não as publicitam muito (excepto as mais desesperadas por ser notícia)...

Temos então: Kali, Brama, mais alguém? quem mais foi alvo de cuskice?

Todos os Deuses e Deusas sem excepção o foram. Mas como estou no início e já falei de Brama o Criador e Shiva o destruidor, falta-me falar do terceiro elemento da Trindade Vixnu, o conservador. 
Ao que parece Brama nem merece grande consideração, sendo alvo de culto em apenas um templo: criou o Universo, sim, mas depois foi dormir, o preguiçoso. Isto prova que desde sempre a criação foi considerada actividade menor, própria de preguiçosos. 
Vixnu ficou de capataz e para se resguardar, aparece sob a forma de avatar (nove já vieram, falta o décimo) sempre que um grande mal ameaça o Planeta (que é sua propriedade pois que o patrão anda por fora...). 
Há quem diga que ele está feito com Shiva o destruidor, que um implode de vez em quando umas coisitas para depois o outro construir por cima, muitas vezes sem serem acautelados os regulamentos de edificações Urbanas. 
Outros porém dizem que não é nada disso pois Brama, Shiva/Kali e Vixnu são todos a mesma e única pessoa mas sofrem de tripolaridade  (ou tetra?). 
Quem ler os livros sagrados na versão original (primeiro há que aprender a língua e a escrita que não estão no Google tradutor), livra-se de um só golpe de duas angústias de peso:
a) Informando-se sobre os deuses desta civilização,  seus traumas, seus vícios, suas neuroses e suas psicoses, encontra-se finalmente a razão porque a humanidade que eles criaram é o que é!
b) Fica-se a perceber esta coisa básica: os Deuses também se aborrecem. Adivinhem agora quem se prejudica (para não utilizar um termo mais colorido) sempre que o Tédio e a Fúria Devastadora se apodera deles? 
AHA!!! a última frase fez-me descobrir acidentalmente porque escolheram estes deuses viver entre os mortais!!!

P.S: As imagens representam (de cima para baixo): Kali, Brama, Vixnu.

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Viseu, Beira Alta, Portugal
autor satírico, cartoonista pseudónimo de António Gil, Poeta e Ficcionista, Não sectário, Agnóstico, Adepto Feroz da LIberdade de Imprensa e de Opinião...

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