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Monday, January 31, 2011

Futeboys: pelo comentador Rolando Campos e Relvas



Em lugar de um texto de apresentação de carácter biográfico, o novíssimo colaborador preferiu dar-se a conhecer através de uma entrevista. Aqui vai ela:

Blogosfrega: Quando descobriste a tua paixão pelo futebol?
Rolando: Creio que foi desde que um certo espermatozóide do meu pai se isolou para o golo. Até pode ter sido mais cedo mas esta é a primeira situação que recordo...
B: Lembras-te de algum jogo verdadeiramente marcante?
R: Bom, eu vivi vários jogos marcantes: um certo Benfica-Sporting marcou-me com um vergastão no lombo. Num Porto-Benfica, perdi dois dentes, num Braga-Guimarães apertaram-me os...
B: Já percebemos, não precisas de fazer nenhum desenho. Eu referia-me a marcas positivas...
R: Ah, dessas!... só tive uma! ...foi quando uma menina da claque me fez um chupão no pescoço. Mas fiquei tão entusiasmado que já nem me recordo exactamente que jogo foi...
B: E no entanto, Rolando, muita gente diz que és uma enciclopédia do futebol...
R: Eh, Joaquim, nao me embaraces. Apesar de todas a minhas muitas qualidades, sou um homem humilde. Por isso comparo-me mais a algo como o Deep Blue, sabes, o computador do xadrez? Só que de futebol, no meu caso...
B: Mas um computador armazena muito mais informação que uma enciclopédia...
R: Exacto. Por aí podes fazer uma pálida ideia...
B: O que pensas da actual situação na Federação Portuguesa de Futebol?
R: A F.P.F.? Ò pá, isso é como os O.V.N.I.S., os anjos, os dragões: Uns dizem que existem, outros que não. Por mim, fico à espera de provas...
B: Mas a F.P.F. Existe!!! Tem um Presidente...
R: Por sinal o mesmo desde há séculos: é isso que quero dizer. No mínimo ele devia fazer prova de vida, como os reformados, para continuar a receber o dele...
B: -Achas o nosso futebol indisciplinado?
R: - Seja no desporto ou noutra coisa, em Portugal só se obedece à Lei da Gravidade. E isso porque ainda ninguém descobriu forma de a contornar. Mas já há quem ande a trabalhar o assunto...
B:- Pensas então que falta algo à formação dos nossos jogadores?
R: -Sim: algumas noções de mergulho acrobático. Se têm, de facto, de se bater tantas vezes aos pénaltis e aos livres deviam pôr mais convicção e estilo na coisa, dando, por exemplo, mortal com dupla pirueta - no mínimo - porque um tipo que se jogue à relva com medo de esmagar caracóis, não convence ninguém. E se o mergulho for mesmo bonito, o próprio árbitro vai querer ver mais...



E agora, a primeira citação:


«...O Real de Madrid é uma equipa de estrelas?. A mim, parece-me mais uma constelação de Primas-Donas caprichosas com uma série de compromissos inadiáveis: a Publicidade, a Produção de Matérias para revistas cor-de-rosa, o cabeleireiro, a manicure, a depilação, etc, etc...
Deve ser difícil marcar uma hora de treino que convenha a todas, perdão, a todos. E mais difícil ainda tentar comandá-las (los) como a um exército implacável. Dura tarefa para Mourinho que, à sua muito exigente maneira, também não deixa de ser uma bela Prima-Dona...»




in «Penalty», diário oficial do Futebol Clube da Mó-de-Cima      Crónicas de Rolando Campos e Relvas


Sunday, January 30, 2011

£IVRO UM , G€N€SIS (continuação)

(continuação)

3- Transgressão – Estavam ambos nús, tanto o homem como a mulher, mas não sentiam vergonha. Na verdade, quem devia ter vergonha por trazer os seus angariados naquele estado, era o Deus Capital mas tal criatura foi  sempre imune a tais sentimentos. Foi então que a serpente do crédito lhes apareceu, vários dias seguidos, prometendo facilidades de pagamento e baixas taxas de juro. As suas campanhas eram tão convincentes e sedutoras que o casal primordial se deixou enrolar. Pudera! o contentor onde dormiam era tão acanhado e frio, que não lhe custou convencê-los a comprar uma casita com lareira, a pagar em vinte e cinco anos de árduo labor.
De início,o casal primordial julgou estar no Paraíso mas a festa durou pouco tempo. Com as subidas das taxas de juro, do IVA e do I.M.I., deixaram de poder pagar os encargos. Então, abriram-se os olhos aos dois e, reconhecendo que estavam sem cheta, procuraram ajuda mas não encontraram senão agiotas oportunistas.
Quando o incumprimento atingiu níveis críticos, o Divino Cifrão, que estava feito com a serpente, fez-lhes uma visita surpresa. Assustados, Ivan e Adamina esconderam-se debaixo de um cobertor.
- ONDE ESTAIS? - tonitroou o Deus, já a passar-se dos carretos.
- Ouvimos a tua voz e, cheios de medo, escondemo-nos porque estamos nús- respondeu Ivan.
- E quem vos disse que estáveis nús?- perguntou o autocrata, julgando-se muito esperto
- E é preciso que alguém nos diga?- zangou-se Ivan- mesmo que não tivéssemos olhos na cara, com o briol que faz, achas que não dávamos conta? Olha que não é só por medo que batemos os dentes...
-CALA-TE!- gritou o Agiota dos agiotas- Porque pedisteis dinheiro emprestado se não tinhéis intenção de pagar?
- Foi a serpente do crédito que nos convenceu- desculpou-se Adamina.
- Ah!!!- exultou o escroque- Pois agora ides ficar sem o que já tinhéis! E as vossas dívidas serão tantas que nem daqui a dez mil gerações os vossos descendentes se vão desenvencilhar delas!!!
   Dito isto, expulsou-os do lar e selou-lhes a porta, para que nenhum dos bens fosse retirado. Depois, como se tratava de verba de pouca monta e não de milhões, não lhes perdoou a dívida e afixou o édito de leilão público...

(A continuar no próximo Domingo)


Saturday, January 29, 2011

The Last Tango in Davos.

    Perhaps because of his andropause crisis, Sarko promissed to make the Euro rise again. Unfortunately, the task is not to sort out with any kind of financial Viagra. Since the reunification of Germany and following enlargement of the E.U. to the East, the sex-appeal of the President of France is more on his tong than in any other part of his body.
   Knowing this, Angela ignored the boutade of the neighbour. After all, everybody is aware of who is the Dominatrix, even without leather clothes, whip or any of the Sado-Masoch paraphernalia. It just happens that the Boss of the European House is tired of proposals comming from so many impotent candidates. She wants someone of her own size and fortune. Unfortunately, there is no such thing in this side of the Atlantic, so she keeps dreaming of the young Uncle Sam. Without sucess: the big boy is to busy with external and internal affairs. It seems that he is too worried with what´s happening on his own back to notice her. To make him move again takes, at least, a big, big push.
   That's why this tango, in Davos, is probably the last one to be dansed between both leaders...

   Quando, em plena crise da andropausa, Sarko prometeu voltar a pôr o Euro em pé, pensaria talvez que a questão se resolveria com um qualquer Viagra financeiro. Infelizmente, desde a reunificação das Alemanhas e concomitante alargamento da Europa a Leste, a potência do actual chefe de estado francês passou a residir mais na sua língua de palmo que de qualquer outra parte do seu corpo. Por sabê-lo muito bem, Angela já nem o ouve.
   Mesmo sem roupas de couro, chicote e restante patrafernália do imaginário Sado-Masoch todos sabem quem é a dominatrix desta relação. E todos notaram, também, que a Dona da casa Europa já não está para sustentar as fantasias de casamento de uns tantos admiradores impotentes. Ela reclama o direito a uma relação com alguém que seja, pelo menos, do seu tamanho. Ora como um tão esplêndido macho não existe deste lado do Atlântico, a senhora sonha com o jovem Tio Sam. Infelizmente para ela, o tal jovem está paralisado por um sem número de solicitações internas e externas. E anda tão preocupado com o que se passa nas suas costas que há quem diga mesmo que, a partir de agora, para voltar a pô-lo a mexer-se, só se for mesmo de empurrão...
   Este Tango em Davos, arrisca-se pois a ser mesmo o último, a  ser dançado entre os dois líderes...

Friday, January 28, 2011

CONSULTÓRIO DO SEXO: Pela Dra. M. Gustava de los Placeres y Morales

   A partir de agora, esta especialista passa a colaborar com blogosfrega todas as sextas-feiras (à noite)...

   Visto que a própria não quis fazê-lo, cumpre-me apresentá-la aos leitores:

   Dra M.Gustava – Nasceu sabe-se lá onde e quando (ela não diz). Tem vivido com quem calha, enquanto não se farta. Formou-se em Sexologia na Universidade de Nossa Sra. do Ózinho. Publicou dezenas de obras, entre as quais se destacam « Dez dicas para o relacionamento entre a sexóloga carente e o cliente impotente», «subsídios para a reintegração sexual dos sem-pau» e (obra que a consagrou) «A frustação sexual dos políticos: sua repercussão nas performances governativas»
Líder da Organização não Governamental S.S.F. (Sexo Sem Fronteiras), tem desempenhado papel de cidadã activa na luta pela saúde sexual e mental dos seus concidadãos, o que se tem revelado tarefa deveras difícil dado os tabús que, sobre os dois temas, ainda pendem sobre esta sociedade....

E eis a primeira carta:

« Exma. Sra. Dra:

   Eu sou mulher, como a senhora. Bom, talvez até um pouco mais mulher, mas isso não vem ao caso agora. O que me preocupa é a postura do meu...ia chamar-lhe marido mas...é mais um invasor do meu espaço. Isto começou há muitos anos...
   Antes, ele tinha no meu corpo várias «bases» seguras. Agora, desde que se meteu numas guerras escusadas, anda mais entusiasmado com as Leste-Europeias e as Asiáticas. Diz que eu sou a «velha Europa». Acirra os especuladores contra mim. Ataca-me a carteira e diz que eu tenho de pôr os fedelhos vizinhos (os da família PIGS) na ordem. Que devo fazer?

Germânia de Sex-C'oburgo-Gostha

R. Cara Germânia, vou falar curto e grosso: quanto mais você se abaixa mais se lhe veêm aquelas partes que você sabe. E isso é muito, muito mau, até porque a senhora anda sempre muito mal depilada. Porque não lhe põe os tarecos na rua?...

outra carta:

Dona Maria:

Eu sou uma honesta vendedora de peixe e ando muito triste. Estou apaixonada pelo Dr. Paulo Reportas que, há dez anos me beijou no mercado do Bulhon. Na altura. Estava-se em plena campanha eleitoral e ele deixou que eu o beijasse na boca. Depois disso, voltou ao meu posto de trabalho mais uma vez. Beijei, de novo, aquela boquinha de menino de coro e ele (tenho a certeza) correspondeu. Esperava que ele voltasse, agora, durante as Presidenciais mas nem na Televisão o vi. Já não sei o que fazer, para atraí-lo outra vez. Ele devia saber que o meu linguado é o melhor, mas nem disso parece dar-se conta. PODE AJUDAR-ME?

Dona Emengarda Solha

Cara dona Emengarda: Não seja fiel a um homem, só porque ele lhe fez algumas promessas. Curta com quem lhe apeteça e não espere mais por ninguém. Isso de beijos de Príncipes encantados é coisa de literatura Infantil. Acorde!!!!


« Exma. Dra:

   Sou uma pessoa colorida e mantenho com o meu companheiro uma relação pelo menos tão estável e durável como a relação entre o nosso PR e o nosso PM. Desde que foi aprovada a lei de casamento entre pessoas do mesmo sexo, não páro de pensar nessa possibilidade. Só que o meu parceiro é um boy laranja. Receio muito a sua reacção pois ele segue à risca as recomendações do seu guru, que é contra o casamento gay. Azar o meu, veja lá! O PR não se mete em nada que o PM faça, tinha logo de se meter entre mim e o meu parceiro? Que devo fazer?...

seu Toninho (Maria Antonieta prós amigos)

   R: minha cara amiga, não perca a cabeça, como a outra, sua homónima. Nestas coisas de relações a dois, não pode haver espaço para nenhum ménage à trois sem consentimento mútuo. Se o seu parceiro, quando está consigo, gosta de meter um guru de permeio, mande-os, aos dois, bugiar. Já quanto a querer casar, é outra questão: você quer mesmo casar com um fanático do Sovaco? Porquê? O seu caso é assim tão desesperado?

Nota do Bloger: blogosfrega excedeu todas as minhas expectativas: em menos de mês e meio, atingiu 1500 visitas!!!. Só uma coisa me intriga: se és assíduo deste espaço,  porque não comentas, mesmo que seja para criticar? Prefiro que digas mal do que não digas nada!. Vale mais ter mau hálito do que não ter hálito nenhum!...Venham as críticas, eu não vou censurar nada. Era o que faltava, ser igual aos cromos que eu critico... 

Thursday, January 27, 2011

Revoluções e Golpes em Estudo...

   Alguns militares da brigada do reumático não se cansam de dizer que foi graças a eles que se instaurou, em Portugal, um regime democrático. Não nos dão grande novidade, porque, de certa forma, a eles se deve também a ditadura, a República, a Restauração e a Independência do Reino (com a ajuda dos outros, dos que não contam). 
   Mas no lugar deles, em vez de me gabar disso, ficaria caladinho pois estamos sempre a tempo de lhes pedir contas da merda dos regimes que nos andam a impor, desde o tempo dos afonsinhos.
   E quanto ao vinte e cinco de Abril...bem, aquilo nem foi bem uma revolução, pois não? Se usássemos a mesma metáfora do parágrafo posterior (isto é um texto interactivo, já prevê o que será escrito a seguir), teríamos de acrescentar que o povo, aqui, foi uma espécie de penetra de uma festa em relação à qual, aliás, tinha recebido indicações expressas de nem se aproximar. Só que os militares golpistas cometeram um erro terrível: noticiaram a coisa na rádio. O povão ficou logo a saber que havia festa e não quis perder pitada. Enquanto a festa durou, como dizia o Chico que tem de Holanda no apelido, foi bonita. Depois veio a conta. E a conta, meus amigos, ainda hoje andamos a pagá-la.
   Pessoalmente, nunca fui grande adepto das revoluções que são um pouco como as festas da estudantada: muito barulho, muita confusão e, no fim, há sempre muita sujeira que ninguém quer limpar. Prefiro os verdadeiros golpes de estado, os clássicos e canónicos que terminam com a velha classe dirigente encostada à parede. Mas, como sou um verdadeiro democrata e sei que muita gente se opõe ao derramamento de glóbulos vermelhos, também não me importo se, em vez de fuzilados, os actuais cleptocratas forem simplesmente afogados nas Estações de Tratamento de Águas Residuais, para preservação de rios, lagos e mares.
   A vantagem dos golpes de estado relativamente às revoluções não se limita às tradicionais questões de higiene. Um golpe de estado bem organizado, se for levado até às últimas consequências, dispensa populaça nas ruas, reuniões partidárias e outras palhaçadas folclóricas do mesmo jaez.
   Vantagem adicional: resolve, sem comités, votações e outras farsas, que o maduro que fica no poder é mesmo o mais mauzão. Porque efectivamente, só um tipo pior que os mauzões todos juntos pode castigá-los como (nós, oprimidos) sabemos que eles merecem. Claro que depois também é necessário tratar do grande mauzão mas não se pode querer tudo de uma vez. Ou pode?...

Wednesday, January 26, 2011

Socialismos bochechudos

        Ouve-se por aí dizer, com alguma frequência, que o socialismo já exerceu poder, em vários locais, em diversas épocas e que, em resultado disso, a sociedade se tornou mais débil, desigual e securitária. Não tenciono fazer tese alguma sobre o assunto mas parece-me que, se um verdadeiro socialista alguma vez tivesse chegado ao poder, eu já teria dado por isso.
   É um lugar comum dizer-se que, nos anos oitenta, um certo líder meteu o socialismo na gaveta. É falso, pela simples razão que ninguém pode meter numa gaveta algo que não tem.    Quando muito, poderia ter lá posto outras coisas, menos abstractas . 
   Preocupado com uma solução dinástica para o seu partido (na linha do glorioso Kim-Il-Sun), o Anafado jamais dedicou tempo algum a questões que só dizem respeito aos servos da gleba. Para comprová-lo não precisamos de fazer processos de intenções: os anos dourados do badocha trouxeram apertos para os mais pobres (quem não se lembra dos pacotes, erquivalentes dos actuais PEC's?), cargas policiais sobre trabalhadores em protesto, salários em atraso e mais uma vaga de emigração não especializada.
   Por terem dado conta disto, os líderes que lhe sucederam, tentaram empunhar a velha bandeira dos princípios socialistas, com mais ou menos convicção, consoante a conveniência do momento. Falharam todos, por razões diversas: Um já não tinha idade para brincar às birras universitárias, outro era demasiado beato, um terceiro tinha amigos com tendências esquisitas, ou assim nos quiseram fazer crer. 
   Exceptuando alguns momentos de fúnebre comemoração, já nem da palavra se lembravam: nos aniversários da república e do vinte e cinco de Abril, vi sempre serem depositadas coroas de flores enquanto se falava de valores republicanos, de laicidade e socialismo. Isto sempre me deu a ideia que aquela gente, através daqueles grosseiros rituais, estava a enterrar, com muita (encenada) emoção e muito (mau) gosto, as suas supostas convicções .
    Quanto ao actual líder, há quem suponha que ele retirou o socialismo da tal Gaveta onde o outro o deixara, para o guardar em lugar muito muito seu. E que o meteu lá, nesse sítio onde não corre o risco de apanhar sol. Dizem que é por isso que a palavra socialismo já começou a cheirar mal...

Tuesday, January 25, 2011

Chuchas e Chochos: A LOTA continua!

   O pretenso triunfo da abstenção - dizem os comentadores/peixeiros do regime - é uma vitória de Pirro. Discordo, porque duvido que os abstencionistas se sintam sequer vitoriosos. Mas, já agora, recordo que Pirro foi um general grego que, no declínio da sua civilização, logrou deter, por pouco tempo, a ascenção de Roma. A sua vitória numa das mais sangrentas batalhas que travou, custou-lhe a vida de tantos soldados que, em desespero, o homem terá desabafado: Mais uma vitória destas e estou perdido.
   Isto para sublinhar que o curso da História não se detém diante de nenhuma vitória, por gloriosa que seja. Sovaco ganhou, de facto, as Presidenciais. Teve tudo para fazê-lo: financiamentos, boa imprensa, alguns sectores «católicos» e toda a malta alérgica a tendências canhotas. Mas perdeu meio milhão de marinheiros. As hostes laranjas exultam e, no seu delírio, salivam ao pensar que se avizinham tempos de ajustar contas com o odiado Navio Pirata do Inginheiro Zé Escrocas.
   E é aqui que pasmo de surpresa pois já tínhamos este Capitão a bordo há cinco anos, e entretanto, as manobras do P.M. foram tantos que Sovaco teve mil e uma oportunidades de afundar o flibusteiro. Porque se espera que acorde do seu longo sono agora? Haverá ainda prícipe encantado que o beije?!?
   Por outro lado, os Chuchalistas, desorientados e divididos, temem o momento de se verem apeados do leme porque sabem que os aguarda uma longa travessia de mar encapelado pela considerável tormenta. Escrocas sovaquizou o seu navio a tal ponto que os Chuchalistas, se forem tão lentinhos como os Chocho-Democratas, ainda vão levar tempo a «pescar».
   Se Sovaco esturricou todos os timoneiros laranjas que lhe sucederam (prepara-te Coelho, vais ser o próximo a ser grelhado!), é natural que, por mimetismo, o Inginheiro faça o mesmo com os seus sucessores. Até porque como poucos parecem ter notado, Laranjas e Rosas seguem a mesma cartilha que faz dos seus interesses e apetites próprios, os grandes timoneiros de seus miseráveis navios de arrastão...

Monday, January 24, 2011

OS «RAZÍADAS» por Luís Vaz de Cá (Mões, Beira Alta, continuação)



11 - Ouvi: e vereis com que chãs manhas,
Fantásticas, fingidas, mentirosas
Enriquecem à custa de patranhas,
Cliques, claques e empresas duvidosas,
Tesas pra impostos, rijas pr’às campanhas
Patrocinando laranjas, subsidiando rosas:
Os tais que concessionam águas e ar
E chamam ao negócio, governar...

12 - (Já por todos os meios chegarão
As inquietas notícias saudando
Os milhões qu’em breve soprarão
Diários, os cofres privados inchando
De dinheiro em primeira mão
Mil candidaturas demandando
O maná da céé que em grandes flocos
Caindo sempre irá, nos mesmos bolsos

13 - Falar-se-á muito de investimento,
De infra-estruturas, de contínua formação,
Multiplicar-se-á o contentamento
Pl’o potencial de proxenetização
Do subsídio, em raro assentimento
Patrões e sindicais em concertação
Na mesma gamela, saciarão o apetite
Que no caso nacional, não tem limite

14 - Falar-se-á de oásis e pelotões da frente
E da Europa em velocidade de cruzeiro
E uma pretensa classe emergente
Comandada por um grande timoneiro
C.C.B., Expo, Gare do oriente
Vasco da Gama, metro no Terreiro
Desertificação do país rural?
E daí? Viram bem a capital?)

15-E pois que o homem luso, mansamente
Com escândalos e futebóis entretido
Ao que importa, será ainda indiferente
E ao que exporta não dá algum sentido
Fará por merecer o seu pífio presidente
E o desgoverno por ele consentido
Quando se dá por bem explicado
Com a cena da sina, do triste fado...

Sunday, January 23, 2011

£IVRO 1 : GÉN€SI$ (continuação)


       Depois do repouso, o Deus CAPITAL conduziu Adamina e Ivan a um lugar que era banhado por quatro rios muito poluídos e disse-lhes:
    - Eis o Jardim que vos vou arrendar a preço de amigo...
    - Jardim?- exclamou Adamina horrorizada- mas isto está ainda mais sujo que a gruta do Ivan, antes de me ter conhecido. E olha que ele suja mesmo muito...
    - Será um jardim, ò delambida, quando tu e o calaceirão do teu Ivan meterem mãos à obra. E se acharem o trabalho excessivo para quatro braços, façam filharada, que é para isso que servem as zonas de lazer do vosso corpo. Mão de obra é sempre benvinda, e se for em excesso, melhor para mim.
E antes que eles pudessem protestar mais, leu-lhes logo a cartilha:
    - Só por causa da resmunguice, ides viver em contentores. Trabalhareis de sol a sol, como pagamento de alojamento e alimentação. Comereis apenas os frutos cujas árvores estejam assinaladas com as iniciais M.I. (mercado interno). Os frutos das árvores assinaladas com E, destinam-se a exportação. Ai de vós se vos vejo a dar uma trinca que seja, nessa fruta. Notai que eu tudo observo, pois montei um eficaz sistema de video-vigilância...
Dito isto, puff!!! desapareceu para um off-shore tropical, onde este Deus tanto gosta de descansar, deixando Ivan e Adamina deveras confusos.
    - Adamina, tu que tens muito mais patuá que eu, percebeste alguma coisa do que ele disse?
    - Achas? O que ele disse, para mim, é estrangeiro.
    - Oh Diabo!!! acho que não tivemos sorte com o deus que nos calhou- constatou Ivan deveras preocupado...


(a continuar em próximas edições)

Saturday, January 22, 2011

os Tabús do Soba



   Do muito que já se disse e escreveu, neste bantustão, sobre a personalidade do Soba Sovaco Cilva, a opinião que mais me diverte é a que refere a sua competência tecnocratica. Este homem que nos via no pelotão da frente da Europa estava então no pelotão da frente dos que traçaram o rumo do País. E dizia-se que percebia de economia. Imaginem como seria se não percebesse!.
   O senhor Barracuda, marido da mesma dona Guidinha que inspirou este blog, nunca cursou economia mas é um competente merceeiro, pois jamais empresta, fia ou passa um cheque sem exigir garantias e tomar nota dos números envolvidos. O mesmo não se pode dizer do doutor Sovaco, que não guardou um único papelito dos dinheiros que andou a distribuir.
   Embora ele hoje se diga avesso aos subsídeodependentes, no seu tempo «outorgou», generosa e alegremente, a fundo perdido, uns tantos milhões a uma inominável clique de criaturas que tratou logo de se aboletar com casa e carro próprio. Há, nas saudades que muitos têm desse tempo, o perfume desse dinheiro «ganho» sem esforço nem mérito.
   Foi durante o seu reinado absoluto que o país se começou a transformar num imenso bordel à disposição dos barões laranjas, rosas, pepês e até arrependidos de extrema esquerda A culpa não terá sido inteiramente sua, dirão os idiotas inúteis. Estarão a perder tempo porque eu nunca quis atribuir a Sovaco a exclusividade da culpa; apenas a esmagadora parte dela.
  Prova definitiva que o doutor Sovaco nunca deveria ter ocupado lugares de responsabilidade no aparelho do estado é a sua persistente necessidade de se esconder atrás de um silêncio que ele chama de Tabú. O que levará um homem que já é avô e que já leva uma década de século vinte e um, a falar de tabús?.
  De certa forma, acreditar em tabús é hoje mais desprestigiante do que acreditar no Pai Natal ou no Coelhinho da Páscoa que, enfim, sempre fazem parte de um imaginário infantilóide mas modernaço.
  É claro que cada um pode acreditar no que bem entende, mas todos sabemos que convém não falar muito disso em público, porque as pessoas gozam. Ora a palavra tabú, presta-se a muita gozação, porque rima com palavras engraçadas como baú, cajú, chuchu e até Marilu.   Mas também é fácil confundir Tabu com perfume rasca.
  E acima de tudo mostra nula sofisticação intelectual posto que tabús são característicos de sociedades que atravessam ainda a Idade do calhau mal polido ou, para as civilizações que não conheciam o uso da pedra, a Idade do cavaco mal esgalhado. 

Thursday, January 20, 2011

OS «RAZÍADAS»:: continuação de uma (triste) epopeia

6-E vós ò mal parida segurança
Da lusitana velha autoridade
Que a si mesmo assegura abastança
Ao bom povo só dando austeridade
Zeladores do crescimento da pança
Própria, e da alheia honestidade
Vos que assim rugis, ameaçando
quem vosso naco anda rondando

7-E também vós, ò novo galho florescente
Da Silva, da corrupção a mais amada
Que qualquer outra espinhosa no Ocidente
Da América ou da Europa chamada:
Em que outro lugar, entre que gente
Se viu tanta verba embolsada
Por clientes, compadres e amigos
(assim se afundaram os fundos perdidos)

8-Vós, ò eleitos, em cujo Império
té o Sol é de quem o apanhar primeiro
ignorai as vaias e o impropério
da ralé que vos sustem no poleiro
mas dai ouvidos e levai a sério
as avisos do gestor e do banqueiro
serão deles, em caso de eleição
os cheques que vos livram de aflição

9-Inquinai a pompa sem majestade
Que nesse obsceno gesto vos contemplo
Que se mostra já desde tenra idade
No gosto p’lo chinfrim e p’lo espavento
Pousai os olhos na dura realidade
E, reflectindo só por um momento
Perguntai-vos se pode uma nação livre
Sustentar gente do vosso calibre.

10-Vereis o clamor da pátria, produzido
Por milhões de gargantas em sintonia
Que vil prémio é ser-se conhecido
Súbdito de uma tal dita-cracia
Ouvi: o vosso nome é escarnecido
Em cada cidade, em cada freguesia
O bom povo colabora co'a farsa
Mas cada vez vos acha menos graça




Wednesday, January 19, 2011

os ‘Razíadas’ por Luís de Cá , Mões (Beira Alta)

Canto primeiro (tu cantas depois, tá?)

1-As áreas e os talhões assinalados
Que, pela habitual laia lusitana
Engenheiros à pressa licenciados
Ocuparam de tralha suburbana
Com truques e esquemas forçados
Mais do que concede a lata humana
E em áreas protegidas edificaram
Coisas que 'té o Demo já chocaram

2-E também as memórias manhosas
Daqueles moinas que foram dilatando
A má-fé, o déficit, as contas viciosas
Os subsídios que andaram devastando
E aqueles que por obras mafiosas
De leis e impostos se vão libertando,
Calhando, empalharei por toda a parte
Se a eles me levar pontaria e arte

3-Calem-se do espanhol e do italiano
A fama de goelas bem abertas
Afogue-se do gringo ou do germano
O ímpeto emborcado das canecas
Que eu canto o pato-bravo Lusitano
Cujo caroço assusta, e pede meças:
Nem mais um pio, pintores da manta
Que voz mais grossa agora se levanta ...

4-Ah e vós, cidadãos por acidente
Do país da Europa, mais extremado
onde já luxo é, ser-se doente
e desastre estar-se acamado
vereis, acaso, poder no Ocidente
Central ou Periférico chamado
quem assim trate a sua gente?
(nalguns casos, nem ao gado)

5-Ah, dai-me uma voz alta e venenosa
Não de pífio apito ou pífaro maçudo
Mas de trombone soprado por poderosa
Boca, dai-me um furor linguarudo
de maior fundura que a famosa
Garganta que escandalizou o mundo
Que eu cá tratarei de pôr em verso
O que fede, é feio e é perverso...

(a continuar em futuras edições...) 

Monday, January 17, 2011

G€N€SIS: A NOVA VER$ÃO

   No início era a Verba e ela fez todas as coisas. Ela disse: faça-se luz e a luz fez-se. E ela viu  que a luz era boa e tratou logo logo de cobrar consumos e taxas. 
   Assim surgiu a primeira manhã e, logo de seguida, a primeira notificação de pagamento.  Foi o primeiro dia (de muitos mais que trariam ainda mais contas para pagar). 
   Depois, a  Verba disse: separem-se continentes e oceanos, para que eu possa lucrar com terras, salinas e águas fluviais. E os trabalhadores a recibos verdes assim fizeram. E todos  administradores destes departamentos viram que isso era muito bom (para a Verba e para eles próprios) e incluíram nos seus contratos cláusulas de rescisão com indemnizações milionárias. Foi o segundo dia e não houve registo de protestos. 
   A Verba disse ainda: que a terra produza verduras com sementes e frutos geneticamente manipulados, e que os animais sejam encharcados de hormonas de crescimento rápido. E todos eles, mais os produtores de hormonas, e criadores de gado, viram que tudo isso era muito bom para as respectivas carteiras. Foi o terceiro dia que, por sinal, provocou um surto de vómitos, cólicas e diarreias. Depois disso, todos se habituaram....
A Verba disse ainda mais: haja canais de televisão e jornais e internet, para que ninguém tenha de pensar demasiado. Foi o quarto dia e todos tiveram com que se entreter.
   Como não era capaz de se calar (ela sempre falou mais alto que todos) disse ainda a Verba: que as águas do mar sejam exploradas até  vertiginosas funduras, com sondas capazes de detectar petróleo e  outras riquezas.
   Que a terra seja esventrada para dela se extraírem minérios e fósseis, que o ar se povoe de satélites, drones e outros aparelhos espiões, pilotados ou não. 
   E os senhores das Indústrias militar & Espacial mais todos os outros, viram que tudo isto era muito bom. Foi o quinto dia e ainda poucos sabiam o que os esperava.
   Foi então que a Verba disse: façamos o homem à nossa semelhança. E assim, introduziu a sementinha da procura no útero da oferta. O homem que daí saiu é o que vemos hoje, a circular por aí: olhos e cara de procura, mãos, corpo ou intelecto de oferta. Foi o sexto dia
   
Ao sétimo dia diz-se que a Verba descansou. Que bom para ela pois nós, por cá, ainda não tivemos essa sorte...

Sunday, January 16, 2011

Top Secret: O segredo é o negócio dos sem alma

   Todos sabemos que o Poder é sempre questão de possuir informação e ocultá-la dos concorrentes directos. Isto para dizer que toda a gente compreenderia muito bem a fúria das entidades e indivíduos devassados pelas revelações da Wikileaks, se estes não fossem também, e desde há muito tempo, os grandes vasculhadores de vidas, negócios e segredos alheios.
   Se ouço um chefe de espiões clamar pelo direito à privacidade, obviamente só me posso rir. Se em vez disso for chefe de governo, idem. Quando se trata de um militar ibidem. E se for gente de GRANDES NEGÓCIOS, aspas. Todos eles estão, desde há muito, habituados a espreitar sem serem espreitados. É essa aliás, a receita dos respectivos sucessos.
   Portanto, quando reclamam privacidade para si próprios, não é um direito que reclamam mas o exclusivo privilégio  de poderem espiolhar sem serem espiolhados.
  Comportam-se como o VOYEUR que é apanhado em flagrante delito e ainda tem a suprema lata de se indignar com quem, por sua vez, o observava. Só que, este vociferado sermão acusatório, só conseguirá chamar a atenção do primeiro visionado e ainda de...outros voyeurs. 
Assim nos façam todos eles, o favor de continuar a gritar...

Saturday, January 15, 2011

Futeboys: Laranjas vs Rosas, enésima reedição do «Derby».

    Com frequência, ouvimos analistas/comentadores/jornalistas e  políticos referirem-se às disputas eleitorais utilizando jargão futebolístico. Terão uma certa razão, pois eu, que não sou fanático (muito pelo contrário) de nenhum dos desportos acima referidos, notei bastantes semelhanças, a saber:
   1- Todas as torcidas são iguais, até na convicção de serem diferentes. O discurso típico do torcedor é irracional e glosa sempre o tema  nós não somos assim tão maus porque os outros são muito piores (e aí debitam exemplos, que nunca faltam, em todos os casos...)
   2-Sócios e Adeptos não se incomodam muito com os buracos financeiros dos seus clubes, desde que isso lhes garanta...vitórias de Pirro.
   3- Os financiamentos , patrocínios ou sponsors, (como se prefira chamar-lhes) de uns e de outros são muito mais opacos e densos que o chumbo.
   4-Os sócios não são todos iguais: poucos tudo lucram, muitos algo lucram e a grande maioria arca com os prejuízos, tanto maiores quanto mais julga ter ganho.
   5- Vencem sempre os mesmos.
   6- As arbitragens (P.G.R., E.R.C., S.T.J., Imprensa e T.V.'s do Estado & respectivas sucursais, etc...) favorecem sempre os grandes, de preferência os que estão na mó de cima...
   7-Numa dada disputa, o mesmíssimo lance despoleta mais leituras e interpretações que as mais consagradas Obras-Primas, dependendo toda esta variedade só do clube de que se é adepto.
   8- E para não alongar ainda mais a lista (que tinha mangas e luvas para muito mais pano), o facto notável e nunca sequer disfarçado de muitos dirigentes de clubes serem comuns às duas modalidades.
   Apesar do que acima fica exposto, não creio que seja legítimo confundir as duas paixões. Acho mesmo que a comparação  pode ofender (os adeptos de futebol, do verdadeiro, que pensavam?).
   Bem vistas as coisas,  na sua grande maioria, pelo menos, estes amam mesmo o seu clube, com a assumida irracionalidade e desinteresse com que amariam alguém que tivesse os seus grandes defeitos mas...lhes fizesse subir a tensão (perdoem se há alguma consoante a mais na palavra em itálico).
   Já os outros adeptos, os da política, assemelham-se mais a bajuladores, que declaram ou aceitam amor aos (ou dos) vaidosos(as) endinheirados(as), por reles interesse material.       Infelizmente para muitos, quem gosta de «escoltas», prefere alguém com mais...qualificação profissional, para usar um termo muito em voga.
   Mas acima de tudo a comparação é injusta porque os adeptos do futebol, ao contrário dos outros, exigem mesmo vitórias e zangam-se a sério quando as não têm, sacando dos seus lencinhos brancos - como se diz que antes César apontava o solo com o  polegar -  não descansando até que role a cabeça do responsável pelos maus-tratos e humilhações sofridas pelo clube do seu coração . 
   Pensando bem, só esta diferença bastaria para distinguir as duas modalidades...

Tuesday, January 11, 2011

F.M.I.- Versão «Hard-Core» do Lupanar Portugal

   Volto ao tema, porque sei agora que a imagem do recreio escolar é fraca, para dar uma ideia do que vai ser a penetração do F.M.I. em Portugal. Desta vez, vou usar linguagem explícita, embora não ordinária, porque nunca é tão necessário manter um certo nível como quando se fala de baixezas. 
   A minha nova comparação é a seguinte: Portugal é uma pobre mulher, com muitos filhos, seduzida e rebaixada à condição de mulher pública, por uns tantos chulecos locais. É certo que todos eles lhe prometem tirá-la da situação em que a colocaram, mas nenhum faz mais do que explorá-la e partilhá-la com alguns dos seus...compinchas.
   Foi assim que, pela boca dos seus próprios protectores, ela teve de executar um incrível número de fellatios à máfia internacional de especuladores, com os resultados que se conhecem:  juros da dívida pública sempre a subir, impostos a subir, salários a descer, desemprego a subir, apesar de tantos «tangos», de tantas «tangas» e do trabalho de boca longamente «concertado» entre rosas e laranjas. 
   E assim, penetrada pela frente e pela boca, a desemparada mulher Portugal vê-se, agora, na eminência de ser sodomizada, sem vaselina, por alguns amigalhaços dos seus principais chulos,e ainda menos recomendável que eles, como se verifica nos seus curriculuns de declarados pedófilos, sempre prontos a abusar de pequenitos, mas incapazes de se meterem com gente do seu tamanho. (Porque não ajudam eles os EUA a sair da recessão,os  tarados?)
   Ainda há mesmo quem ache que a vinda do F.M.I. é boa notícia?. Se sim, então a Nação está bem...servida! .

P.S.: Como vêem, não sou dos que diz que todos os nossos comissários políticos são todos uns ladrões: Não sou assim tão redutor. O panorama é mais diversificado porque também há quem se dedique à contrafacção, à traficância, à extorsão, à chulice, à vigarice, ao branqueamento de capitais, à venda da Pátria (a grosso ou a retalho), etc, etc, etc...

Monday, January 10, 2011

FMI : O novo Prof. da Turma Portugal?

   Em conversas de recreio ouvi uns tantos miúdos entusiasmados falar da chegada de um tal prof. FMI. A expectativa era grande: que o novo docente iria pôr na ordem os indisciplinados, que controlaria melhor a turma e que (ingenuidade das ingenuidades), daria mesmo uns valentes puxões de orelhas aos meninos mal-comportados que andam a fazer mal as contas do BPN, do BPP, da dívida pública,etc,etc....
   Eu também gostaria que assim fosse mas, infelizmente, sei  que a vinda do novo Prof. será  mais  um castigo para todos do que uma lição para alguns. Quero dizer com isto que, os cabulões da Turma Portugal,  sem esforço nem mérito, continuarão a obter as melhores notas, a fazer bullying sobre os mais fracos, extraindo-lhes da carteira o dinheiro que se destinava ao almoço ou ao lanche, ameaçando-os sempre com mais pancada se não se calam.
   Por sua vez, o Prof. FMI implicará com os mais pequenos, ignorará as suas queixas, e continuará a permitir práticas de roubo e extorsão, na condição de os meliantes partilharem «algum» com ele. 
Boa notícia a vinda de mais um Prof? já não nos bastava o outro, e o que ele, com sua mania de infalibilidade nos fez? 

Saturday, January 8, 2011

Wikileaks:vai uma pastilha Rennie?

   Lê-se por aí que a  Wikileaks não tem a importância que «alguns» lhe andam a dar, pois só tem revelado coisas como a identidade secreta do Super-Homem ou a impotência sexual do Rato Mickey. Seria caso para deduzir que esta «malta» anda a ler muita B.D. de má qualidade e pouca informação relevante sobre o assunto mas tal conclusão seria puro engano porque, traindo o que lhes vai na alma, não raro no mesmo texto, os mesmos escribas falam de «terrorismo digital», «da justa punição de Assange e seus colaboradores» e até de «traição aos valores do Ocidente», o quer que isso seja.  
   E é então assim que ficamos a saber que, afinal, a duplicidade de Clark Kent e a vida íntima da Popota são segredos com potencial para ameaçar a resplandecente Civilização Ocidental (sic), como se as civilizações fossem vegetais cultivados no espaço limitado de um quadrante da rosa-dos-ventos. 
   Também é engraçado verificar (nunca me canso de os ler, os tipos são mesmo uma Legião de pândegos) que enquanto defendem o secretismo nesse mesmo quadrante Norte-Ocidental (o Sul do Planeta, para eles, não conta para nada), acusam a Wikileaks de «tendenciosa» por não falar da China do Irão e até do Sudão que, como se sabe, possui computadores vasculháveis a dar com um pau. Ora com pouco mais de um clique, qualquer Zé-dos-Anzóis descobre que não só isto é falso,  pois na Wikileaks há, de facto, notícias embaraçosas para os governos desses países  como ainda constata, perplexo, que os tais escribas esfregariam as mãos de contentes se pudessem esmiuçar tudo o que mais por aí acontece.
   De tudo isto se concluiu o seguinte (e diz-me tu, leitor, se estou errado):  que esta trupe deseja que China, Irão, Coreia do Norte e outros se convertam em democracias altamente escrutinadas, onde o povo seja, de facto, quem mais ordena, mas que no «Ocidente» se mantenha o secretismo indispensável à concretização de certos «negócios», (guerras e outras máfias incluídas). 
   Dedução lógica: se realmente consideram a Democracia um bem a defender, estes maduros desejam o  bem dos Asiáticos e o mal do Ocidente. São, portanto «Aziáticos» até às entranhas!!!. Vai uma pastilha Rennie?...

Declaração de desinteresse: Não sou discípulo de Assange, nem conheço o senhor de lado algum. Creio porém que, ainda que ele fosse o canalha que alguns asseguram (talvez o conheçam melhor do que eu, Ah, Ah. Ah,)  o que ele fez, já é Património da Humanidade. Das grandes metrópoles cosmoplitas aos  mais recônditos buracos deste torturado planeta, já milhões fizeram, ( e eu sou um deles), a  pedido próprio, sem qualquer pressão dele ou de outros, «down-loads» de milhares de documentos. A «epidemia» é imparável e altamente contagiosa...

Wednesday, January 5, 2011

Um pacto de silêncio

























Muitos ingénuos, acreditam piamente que quando a campanha presidencial estiver ao rubro, o «caso BPN» terá de ser revolvido até ao total e cabal esclarecimento das responsabilidades de cada um dos intervenientes. É uma extraordinária ilusão porque, embora andemos todos a «tapar», com os nossos magros recursos, um buraco cuja profundidade (por enquanto), ignoramos, nada é mais certo que o tema não será abordado senão pela rama pois se trata de mui incómoda matéria para os dois principais candidatos. Que são, recordo, representantes de dois partidos com enormes responsabilidades no caso. Pedir-lhes que esmiúcem um tema escaldante para ambos, é como pedir ao escorpião da fábula que não pique quem o ajuda a atravessar o rio. Ou pedir ao porco que não guinche na matança: não está nas suas naturezas obedecer a tanta expectativa. Este tipo de poder está habituado a decidir nas costas de todos, ser obedecido e reverenciado, jamais a explicar-se. Não é só no sector finaceiro que o Paradigma dominante tem de passar a ser outro. Caso contrário, é melhor chamar as coisas pelos nomes e concluir que afinal vivemos sob uma infame máfia politico-financeira, onde todos nos calamos quando o Padrinho manda....

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Viseu, Beira Alta, Portugal
autor satírico, cartoonista pseudónimo de António Gil, Poeta e Ficcionista, Não sectário, Agnóstico, Adepto Feroz da LIberdade de Imprensa e de Opinião...

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