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Thursday, January 20, 2011

OS «RAZÍADAS»:: continuação de uma (triste) epopeia

6-E vós ò mal parida segurança
Da lusitana velha autoridade
Que a si mesmo assegura abastança
Ao bom povo só dando austeridade
Zeladores do crescimento da pança
Própria, e da alheia honestidade
Vos que assim rugis, ameaçando
quem vosso naco anda rondando

7-E também vós, ò novo galho florescente
Da Silva, da corrupção a mais amada
Que qualquer outra espinhosa no Ocidente
Da América ou da Europa chamada:
Em que outro lugar, entre que gente
Se viu tanta verba embolsada
Por clientes, compadres e amigos
(assim se afundaram os fundos perdidos)

8-Vós, ò eleitos, em cujo Império
té o Sol é de quem o apanhar primeiro
ignorai as vaias e o impropério
da ralé que vos sustem no poleiro
mas dai ouvidos e levai a sério
as avisos do gestor e do banqueiro
serão deles, em caso de eleição
os cheques que vos livram de aflição

9-Inquinai a pompa sem majestade
Que nesse obsceno gesto vos contemplo
Que se mostra já desde tenra idade
No gosto p’lo chinfrim e p’lo espavento
Pousai os olhos na dura realidade
E, reflectindo só por um momento
Perguntai-vos se pode uma nação livre
Sustentar gente do vosso calibre.

10-Vereis o clamor da pátria, produzido
Por milhões de gargantas em sintonia
Que vil prémio é ser-se conhecido
Súbdito de uma tal dita-cracia
Ouvi: o vosso nome é escarnecido
Em cada cidade, em cada freguesia
O bom povo colabora co'a farsa
Mas cada vez vos acha menos graça




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Viseu, Beira Alta, Portugal
autor satírico, cartoonista pseudónimo de António Gil, Poeta e Ficcionista, Não sectário, Agnóstico, Adepto Feroz da LIberdade de Imprensa e de Opinião...

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