oito votos para 2011. (No resto, não voto.)

   É velha (e muito conveniente) a tradição de iniciar o ano limpando a casa dos muitos trastes inúteis que se vão acumulando ao longo de décadas. Devíamos considerar Portugal a nossa velha casa comum e começar também por limpá-la. A esfrega devia ser tão forte e tão completa que contemplasse:

1- Eliminar toda a bicharada parasita que se instalou nas estruturas do edifício, corroendo-o (se assim o permitirmos) até ao colapso total.

2-Limpar todo o esterco que se acumulou nos tectos e nas partes mais altas das paredes (mesmo com recurso a altas pressões, ou químicos corrosivos  (ou, se tudo falhar, a tradicional espátula).

3-Eliminar o pó que todos os dias nos lançam para as janelas, que são os olhos da casa.

4-Limpar a lama com que alguns andaram (e ainda andam) a sujar os espaços comuns.

5-Arejar e iluminar a casa de forma a expulsar o cheiro a mofo.

6-Selar os buracos por onde possam entrar os ratos, as baratas e outros hóspedes indesejados

7-Jogar no lixo todos os trastes que nos asfixiam, roubando-nos espaço e alegria de viver.

O meu oitavo voto, leitor, é que tu e os teus tenham um ano tão feliz quanto o que eu desejo para mim e para os meus...