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Thursday, May 19, 2011

Futeboys: pelo comentador Rolando Campos e Relvas

Boas para os bons e para as boas de Bola: foi uma final portuguesa, concerteza,  uma espécie de prolongamento do Campeonato Português, em todo o seu esplendor. Dei conta disso pela quantidade de bocejos por minuto de jogo: dois, o que está só ligeiramente acima dos jogos caseirinhos. E isto apesar do jogo se realizar em Dublin e ter árbitros estrangeiros, que sempre é um toque de novidade nos jogos entre equipas lusas. 
A minha «patroa» teve de me dar umas cotoveladas para eu não adormecer no sofá, mesmo com tremoços e umas bejecas à frente. Muito jogo a meio-campo, receei mesmo que Artur e Helton pudessem adormecer entre os postes, tão raras as ocasiões em que as duas equipas ousaram atacar: pareciam o Passos Fedelho naqueles meses em que andava a treinar o Tango com o Escrocas eh eh eh. Nas bancadas, os portugueses, mesmo se habituaditos a estas andanças (andanças é bem dito porque correr? tá «queto») já deviam estar a sentir frio de duas maneiras: a temperatura local e os suores frios que sentiam quando pensavam na massa que gastaram para ver uns tantos homem estátua que bem podiam ter visto, a troco de uns míseros cêntimos (e facultativos), na Rua de Santa Catarina.
Cautelas e caldos de galinha nunca mataram ninguém e Domingos sabia que não ia ser «canja» donde ter  contado com Vandinho e Custódio de início. Já Milhas-Voas apostou mais no ataque mas nem por isso ganhou a aposta pois os habituais artilheiros do F.C.P. pareciam falhos de munições. A primeira parte do jogo foi boa para cardíacos: creio que até as pulsações dos hipertensos desceram para níveis normais. Pareciam o Povo Português depois de ouvir as medidas propostas pela Tróika: mal pestanejavam. Um remate  aos 4’ que saiu ao lado da baliza de Helton,e outro aos 7’, com Hulk a deixar Sílvio e Paulo César pelo caminho e a atirar por cima da trave  foi tudo o que digno de nota sucedeu em 44 minutos. Ao cair do pano da primeira metade, Guarín recebeu a bola na direita, cruzou para a área e Falcão, aproveitando o facto de Paulão estar no seu segundo sono, usou a cabeça num vôo magnífico, colocando a bola no ângulo, sem qualquer hipótese para Artur.
Depois, na segunda parte foi só gerir, como um banqueiro forreta, a vantagem amealhada. O guarda redes Portista ainda fez uma «perninha» no jogo quando Mossoró atirou contra aquela sua parte do corpo. Bonito, bonito só mesmo o final: os jogadores do F.C.P. fizeram guarda de honra aos seus cologas do S.C.Braga, antes da sua própria festa, a merecida consagração recebendo a tal Taça. De parabéns pois ambas as equipas, apesar do jogo fraquinho, muito em especial o F.C.P. pela sua quarta Taça Europeia conquistada. E claro, parabéns a Milhas-Voas, que se arrisca a ganhar quase tudo o que estava em jogo. Uma só pequena nuvem negra paira no horizonte dos Campeões Nacionais: com o passe de 30 milhões (pffff uma bagatela) já se prevê que Falcão possa voar para outras bandas, ou não andassem já por aí as habituais aves de mau agouro a pairar em círculos à sua volta eh eh eh...

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Viseu, Beira Alta, Portugal
autor satírico, cartoonista pseudónimo de António Gil, Poeta e Ficcionista, Não sectário, Agnóstico, Adepto Feroz da LIberdade de Imprensa e de Opinião...

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