Hoje, amigas e amigos, vamos ver quais foram as principais contribuições da cuskice para o progresso da humanidade. Continuaremos a seguir o formato pergunta resposta.
- Além das que já foram referidas, para que outras conquistas dos hominotes a cuskice contribuiu?
- A primeiríssima de todas, como já vimos, foi na área da expressão plástica, nomeadamente o desenho. Não havendo ainda escrita, os primeiros macacos pelados tinham de comunicar aos seus semelhantes as suas descobertas sobre a vida alheia através de uns rabiscos gravados nas rochas. Assim, se vemos por vezes hominotes chifrudos, sabemos que alguém andou a espiar a vida privada das respectivas fêmeas da tribo. Muitos colegas historiadores mal informados, associam estas imagens a cultos animistas mas estão enganados: a prova do que afirmo é tão simples de fazer quanto isto: Um feiticeiro ou xamâne preferia usar peles de bichos realmente poderosos (leões, tigres de dentes de sabre, etc) às «armações» de bois, antílopes, bisontes ou outros ruminantes «mansos» cuja caça nem sequer implicava grandes riscos. Ou alguém com dois dedos de testa (e não sobre a testa) pensa que os membros de uma tribo se deixavam impressionar com cornos de herbívoros, tão fáceis de arranjar, até mesmo sem ter de os matar, pois que esqueletos cornudos espalhados pelas estepes e florestas eram coisas que nessa altura até abundavam?
- Então pelo que se deduz, a escrita também terá sido uma dessas conquistas...
Naturalmente que sim: sem cuskice, jamais a humanidade teria inventado a escrita. Os meus ignorantes colegas sugerem que a escrita deriva directamente dos desenhos e gravuras e nisso até têm uma certa razão pois nem todos os hominotes tinham talento (como hoje também acontece) para o desenho. Mas enganam-se quando pensam que a escrita surgiu por razões utilitárias. Como os hominotes tinham tão fraca memória como ainda hoje os seus descendentem têm, tinham de anotar todos os detalhes significativos da vida dos «cuskados» para não se esquecerem de nada, na altura de recapitular a vida alheia. E para que os seus «ouvintes» também nada esquecessem, por causa das suas preocupações do dia-a-dia e da noite-a-noite, gravavam todos esses sórdidos detalhes para que, mais tarde, todos pudessem continuar a desfrutar das peripécias amorosas, enxovalhantes ou simplesmente ridículas deste e daquele, desta e daquela. Sem isso, acreditem ò ignorantes laureados nas Universidades da treta, não haveria escrita: para quê, aliás? para anotar os seus «negócios» como dizem os ingénuos? ora, meus amigos: nessa altura nem havia ainda contabilidade! as trocas (todo o tipo de trocas, até as sexuais) eram directas, tipo «toma lá, dá cá, e agora cada um vai à sua vidinha, que a coisa está feita e não vale a pena pensar-se mais nisto até porque pensar dá trabalho»
Bom, Dra. Glória: já só falta dizer que os números, a aritmética e a própria matemática se devem, também, à cusquice...foi mesmo assim?
Claro que sim: há dúvidas? a contagem começou, como eu já disse atrás (ver outros artigos desta rubrica), pelos dedos das mãos. Infelizmente, os hominotes, tal como nós, seus descendentes, só tinham dez dedos e depressa constataram que tal não bastava para contabilizar o número de vezes que um grunho (ou grunha) traía o seu ou sua parceiro (a). Era preciso ser mais sofisticado, portanto, daí que alguém se tenha lembrado de fazer tracinhos na rocha, cada vez que apanhava alguém com a boca na botija, isto é, em sítio onde a boca não deve andar, pois que botijas são coisas pouco atreitas a lábios marotos! Da contabilidade dos tracinhos (que os prisioneiros ainda hoje usam) passou-se a outro tipo de grafismos mais simples, pois gravar tracinhos na rocha dava, mesmo assim, muito trabalho, sobretudo no caso dos registos que se reportavam aos actos dos (as) mais taraditos (as),
Hummm!...e as contas de dividir e multiplicar? creio que uma tal complexidade de cálculo dificilmente se pode relacionar com essa explicação!
Ora bem, vamos ver se nos entendemos: contas de dividir, resultam na necessidade de partilhar os bens dos defuntos pelos seus filhos (e filhos alheios tidos como legítimos). Já as de multiplicar, resultam da necessidade dos chefes esmifrarem, como deve ser, os seus súbditos. Um chefão com alguma inteligência (parece haver contradição entre os termos chefão e inteligência mas há excepções), precisava de saber que, caso tivesse cem súbditos e cada um devesse contribuir com duas coxas de frango (ou franga) para o seu pecúlio, isso no fim devia dar...devia dar...(é só fazer as contas como recomendava um dos nossos chefões mais recentes)
Amigos: para a semana (terças-feiras, não esqueçam) há mais sobre a cuskice...
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