Economia em autópsia: Por Esmeralda Preciosa da Cunha

  Não compreendo as pessoas de esquerda: passam a vida a defender os emigrantes ilegais, a protestar até contra a sua expulsão, mesmo que sejam trabalhadoras do sexo, e depois, com toda a lata do mundo, opõem-se à vinda, ao nosso país, dos senhores do Fundo Monetário Internacional, imaginem !!!.

  Isto indigna-me e muito, porque, pelo menos, os homens do Fundo, são cavalheiros que falam várias línguas (ou têm tradutores, o que vai dar no mesmo) e vestem fatos Armani e Viktor &Rolf, para além de se alojarem em hotéis de luxo, com diárias superiores a uma vida de salários de um trolha ou de uma alternadeira (chamemos-lhe assim).

  Ora já há tão poucos homens bem encadernados neste País que, se aqueles viessem, era uma alegria para mulheres como eu (e somos muitas) que preferem a alta costura às fardas, que são sempre, quer queiramos quer não, fatos de trabalho que estão só um furinho acima do fato de macaco, mesmo que estejamos a falar de fardas de militares ou polícias graduados, que não costumam trabalhar grande coisa.

Além disso, também não estamos a falar de jovens vândalos pois os homens do Fundo têm a idade ideal para mulheres que, como eu, já não são jovenzinhas. Nunca compreenderei os critérios desta gentinha que escancara as portas a turistas e emigrantes pé-de-chinelo, enquanto tentam impedir a entrada de quem calça Gucci, D-Squared e Yves.Saint.Laurent.
  Por mim, os ricaços do Fundo podem vir e serão benvindos. Nem me importaria de lhes organizar uma recepção condigna, se o Governo (ou lá quem é) me disponibilizar o Palácio de Queluz ou outro do mesmo nível, para o efeito.

  Ah, e se me adiantarem a verba, é claro, que organizando, já dou contributo suficiente ao País que tanto amo...

Vossa Esmeralda Preciosa da Cunha
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