Futeboys: pelo comentador Rolando Campos e Relvas

Amigas, Amigos e Amantes (do futebol, claro):

  Têm-me perguntado de que equipa sou eu, afinal. Sou simplesmente um fã do futebol, que gosta de ver o melhor (em campo) triunfar. Apoio a Selecção Nacional, mas mesmo aí não sou sectário: tanto vibro com os sucessos da equipa de todos nós, como com os desaires da Itália , da França, da Grécia  que  costumam equipar-se de azul para nos fazerem a vida negra. 

  Mas como não sou fanático, também pouco me incomodam também os maus resultados de selecções como a inglesa e a alemã, a quem já vencemos algumas vezes. Não desejo mal algum a estes países e a outros, como é óbvio: quero mesmo que existam para sempre, que continuem a esforçar-se por aprender a jogar futebol, para que possamos dar-lhes no pêlo (futebolisticamente falando) também para sempre...

Mas falemos agora da semana:

  O Campeonato Português reflecte o que se vive no país: a única luta dramática é a dos que estão com a cabeça quase abaixo da linha de água. Nem o caso do Sporting chega a ser surpresa: um leão duplamente decapitado não poder jogar com cabeça. E no jogo da Madeira havia muito nevoeiro mas não apareceu nenhum Sebastião (nunca aparece), sendo normal que os lagartos, que são bichinhos soalheiros, não se tenham visto. Dizem que as eleições para a Presidência serão lá para idos de Março, o que torna a situação ainda mais preocupante para toda a lagartagem. 

  Quem sabe não esquece e o português Liedson marcou dois golos no Brasil.  Até parece que o rapaz já se sente em casa, tão rápida a adaptação, eh eh eh. Uns perguntam: porque será ? aqui o velho RCR responde:  não é do guaraná ...

  A excepcional força do Paços de Ferreira é a grande novidade desta temporada e merece muito destaque. Para aqueles que acham que o futebol nada ensina à sociedade aqui fica a lição: os orçamentos milionários não fazem milagres se não houver cabeça, tronco e pernas (mãos e braços aqui só ajudam no caso dos guarda-redes e dos apanha-bolas).

São as pessoas que fazem resultados, não o vil papel...

  Mourinho está mais longe do título de Espanha. Se falássemos de outro clube, podíamos dizer que está mais longe de apenas um dos seus objectivos da época. Como é do Real de Madrid que se trata, pode-se dizer que está mais longe da sua obrigação principal. Vale-lhe ainda a possibilidade de poder vir a defrontar o Barcelona várias vezes (seis, se as minhas contas não erram) no decurso desta temporada. É que só num confronto seria quase impossível vingar-se do rival, tal a humilhação do primeiro confronto.

Assim, se em cada um dos jogos (se acontecerem) ganhar 1-0, que é o seu resultado favorito, pode considerar-se vingado!...