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Tuesday, February 22, 2011

Os «Razíadas»- canto 1º ; conclusão...

29-Também por estas palavras lhes mentia
como por regimento enfim levava
que por aqui, gente de bem, não havia
só quem o deus dinheiro celebrava
O Capitão que só o poder queria
e que só sua riqueza demandava;
arrisca-se a ficar roto e descalço
ao menor evento, ao menor percalço


30-.Estava o FMI à terra tão chegado
Pelo que o País inteiro então devia:
Andava o cidadão Tuga sitiado
Como já com outros acontecia
Por lucro, o especulador assanhado
sempre em busca de qualquer mais-valia
Regendo actores profissionais da farsa:
O sistema morreu, mas lá disfarça...

31-E sendo a Ele o Capitão chegado
estranhamente ledo, porque espera
Com choques manter o povo educado
E com truques estatísticos -já era
De Berlim, de Paris, chega o recado
de quem manda e algo desespera
Que o B.C.E. há muito avisara
Sobre o caminho que a Pátria tomara...

32-Nos Mercados tanta tormenta e dano
tantas vezes a ruina apercebida
Na Pátria, tanta perfídia e engano
Tanta necessidade mal cumprida
Onde pode acolher-se, um fraco humano
Onde terá segura, a curta vida
Que não se arme e indigne, pouco sereno
Contra quem assim o faz tão pequeno?


Assim termina o Canto Primeiro,  «refrescando» certos episódios recentes da vida da Pátria, para usar terminologia adequada ao tema. No Canto Segundo, narrar-se-ão as aventuras dos  Gamas, tentando convencer os seus escravos que toda a aventura do canto primeiro valeu a pena...

Para visualizar todo o Canto primeiro, cronológicamente ordenado clica: https://sites.google.com/site/osraziadas/


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Viseu, Beira Alta, Portugal
autor satírico, cartoonista pseudónimo de António Gil, Poeta e Ficcionista, Não sectário, Agnóstico, Adepto Feroz da LIberdade de Imprensa e de Opinião...

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