como por regimento enfim levava
que por aqui, gente de bem, não havia
só quem o deus dinheiro celebrava
O Capitão que só o poder queria
e que só sua riqueza demandava;
arrisca-se a ficar roto e descalço
Pelo que o País inteiro então devia:
Andava o cidadão Tuga sitiado
Como já com outros acontecia
Por lucro, o especulador assanhado
sempre em busca de qualquer mais-valia
Regendo actores profissionais da farsa:
O sistema morreu, mas lá disfarça...
31-E sendo a Ele o Capitão chegado
estranhamente ledo, porque espera
Com choques manter o povo educado
E com truques estatísticos -já era
De Berlim, de Paris, chega o recado
de quem manda e algo desespera
Que o B.C.E. há muito avisara
Sobre o caminho que a Pátria tomara...
32-Nos Mercados tanta tormenta e dano
tantas vezes a ruina apercebida
Na Pátria, tanta perfídia e engano
Tanta necessidade mal cumprida
Onde pode acolher-se, um fraco humano
Onde terá segura, a curta vida
Que não se arme e indigne, pouco sereno
Contra quem assim o faz tão pequeno?
Assim termina o Canto Primeiro, «refrescando» certos episódios recentes da vida da Pátria, para usar terminologia adequada ao tema. No Canto Segundo, narrar-se-ão as aventuras dos Gamas, tentando convencer os seus escravos que toda a aventura do canto primeiro valeu a pena...
Para visualizar todo o Canto primeiro, cronológicamente ordenado clica: https://sites.google.com/site/osraziadas/
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