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Tuesday, April 12, 2011

A Democracia (dita) Representativa explicadas aos distraídos.


A Dra. Esmeralda Preciosa da Cunha continua convalescente. A febre contestatária deixa-a sempre prostrada, incapaz de sair de casa. Para substituir a sua «preciosa» colaboração, vou desta vez publicar um artigo que pode ser útil para orientar os cidadãos no próximo dia 5 de Junho. Aqui vai, o título está acima:

Por ter verificado a impressionante quantidade de disparates que já se disse ou escreveu sobre a questão, aqui fica o meu contributo para edificação dos distraídos. A elucidação segue o popular formato de pergunta-resposta.

O que são eleições?

Embora a definição varie um pouco consoante o lugar, podemos dizer que as eleições são, em todos os casos, parte in tegrante do folclore local, regional ou nacional.
Nesse sentido, assemelham-se bastante ao Carnaval, mas mais limitadas, visto que nesta festa, o cidadão pode travestir-se do quem (e como) quiser, enquanto que naquela, ele só pode fingir que tem algo a dizer sobre os destinos da Pátria.

O que é o período de campanha eleitoral?

O período de campanha eleitoral consiste num bom número de semanas em que toda a gente tem licença para dizer as mentiras e os disparates que bem entender.

Porque se fazem eleições?

Pela mesma razão que se fazem procissões: para desopilar.

Desde quando há eleições?

No caso luso, pelo menos desde o tempo da velha senhora. Nessa altura, aliás, as eleições eram mais universais do que hoje pois até os mortos votavam. Os detratores do velho regime assim o confirmam pois garantem que os mortos votaram todos contra Humberto Delgado. Desde o 25 de Abril de 1974 porém, os mortos perderam os seus direitos cívicos. Os vivos também os teriam perdido se alguma vez os tivessem tido.

Para que servem as eleições?

Para arranjar um emprego a uns tantos pândegos que não sabem fazer mais nada. E para que o «povão» continue a acreditar que o Pai Natal e o Coelhinho da Páscoa existem.

O que é um programa de governo?

É uma obra de ficção cor-de-rosa com laivos de conto infantil e/ou canção de embalar. Serve para adormecer gente que já devia ter idade para ter juízo.

O que é a assembleia da república?

É uma espécie de teatro, onde uma espécie de actores representam para a platéia dos seus colegas, uma espécie de farsa sobre a espécie de país que temos.

O que é um líder parlamentar?

É assim tipo...amestrador de macacos. Diz-lhes quando se devem sentar, quando devem fazer chinfrim ou quando devem levantar o cú da cadeira, para votar.

O que é um ministro?
É um tipo que, com o dinheiro dos contribuintes, contrata assessores, motoristas e (sobretudo) guarda-costas para fazer tudo o que lhe apetece sem que ninguém lhe possa partir as fuças.

O que é um primeiro ministro?                  

É um tipo que, com o dinheiro dos contribuintes, contrata ministros, assessores, motoristas e (sobretudo) muitos guarda-costas para fazer tudo o que lhe apetece sem que ninguém (nem mesmo os ministros) lhe possa partir as fuças.

O que é um comício?

É uma reunião de indigentes que vivem da caridade pública. Destinam-se a agradecer ao líder as benesses recebidas.

O que é um político?

É um ser híbrido, uma criatura a meio caminho entre o humano e outra besta qualquer...

Porque é que há gente que diz que votar é um dever?

Porque esses devem mesmo muito ao cartão e/ou líder partidário. A casa, ou o carro, ou o emprego. Quando não devem as três coisas juntas!

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Viseu, Beira Alta, Portugal
autor satírico, cartoonista pseudónimo de António Gil, Poeta e Ficcionista, Não sectário, Agnóstico, Adepto Feroz da LIberdade de Imprensa e de Opinião...

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