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Tuesday, April 5, 2011

Este Livro que Despejo -por António Aleijo

Amigas e amigos: Esmelada Preciosa da Cunha voltou a ter um «chilique» por causa das jornadas de luta que se adivinham no Horizonte. Dêxo-vos agora, mês amigos, com um poeta impopular dos Algarves que muito «marafado» anda com isto...



Se nada devo a ninguém                             
Mesmo com pouco dinheiro
Porque há-de, dizer alguém
Que sou eu, o caloteiro?

Ando revoltado e teso
Cada vez mais inssurecto
Como um gato indefeso
Que encurralassem num beco

Pago «buracos» obscenos
Taxam-me o ar que respiro
Bebo sórdidos venenos
Ameaçam-me, se espirro

E inda me pedem o voto!
Arre gente sem vergonha
Mesmo um santo, ou devoto
Não aguenta esta ronha                             

Por isso, no 5 de Junho
Sem lher dar satisfação
Eu hei-de pelo meu punho
Dar-lhes a tal «eleição»

Obtido o boletim
Hei-de sentir tal aperto
Qu' aflito e fora de mim
Uso o WC mais perto

Para enfim lhe dar uso
por ser ecologista
E não gostar do abuso
De quem tudo desperdiça

Se sobra sempre pra mim
Se sempre me fazem a folha
Limpo o cu ao boletim;
E o Diabo que escolha

Mas não guardo o qu'é alheio
que cá eu sou dos honestos
Vou devolver pelo correio
O boletim, com «os restos»

E sem sombra de engulho
logo que usado, afinal
Vou escrever, no embrulho
«À Comissão eleitoral...»


António Aleijo ' in' este livro que despejo

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Viseu, Beira Alta, Portugal
autor satírico, cartoonista pseudónimo de António Gil, Poeta e Ficcionista, Não sectário, Agnóstico, Adepto Feroz da LIberdade de Imprensa e de Opinião...

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