Prezadíssimos, prezadíssimas: Hoje, em vez da habitual publicação de cartas e comentários vou escrever um artigo mais longo, para que não pensem que não sou capaz de penetrar nestas questões com alguma seriedade. Isto porque já ando farta de passivos e de passivas. Não entendo que quem está por baixo julgue que não tem de se mexer, ficando apenas à espera «que chova». Na minha doutíssima opinião (ou não fosse eu especialista da «coisa») quem está por baixo até tem mais razões para se mexer que quem está por cima. Primeiro porque o movimento (aprendi na Física, que é uma ciência do meu agrado pois até tenho bom físico) atenua o peso dos corpos. Depois porque muitas vezes, quem está por cima, satisfaz-se só com essa posição e não faz grande esforço. Um homem ou mulher que esteja em baixo, deve sempre mostrar ao parceiro de cima que está vivo (a). Caso contrário, o de cima começa a ter a impressão que está a «malhar» em ferro frio ou, pior ainda, que está a «bater» em mortos. Daí ao abuso vai um pequenino passo e, não raro, começam as chapadas, as palmadas violentas e outras manobras que são legítimas com bonecos (as) insufláveis mas de todo condenáveis em seres vivos. Eu até compreendo, pois é uma forma de verificarem se o Parceiro (a) ainda sente alguma coisa. Por outro lado, não fazer nada, quando alguém se esforça é também sinal de má formação. Se tiver um vivaço por baixo, eu sei sempre como recompensá-lo Se for um «langão» só me apetece arrancar-lhe os cabelos até obter uma reacção qualquer. Mas isso sou eu, que não sou nenhuma tarada e gosto de reciprocidade. Outros há que se «passam» de tal maneira que começam a entrar num processo de escalada. Às vezes, há gente que leva a coisa ao limite e acaba por estrangular o parceiro. No nosso País, esse processo já começou pois vejo por aí muita gente que já anda de corda ao pescoço. A pergunta que me faço é se algum dia esta mentalidade muda e se os de baixo começam a fazer, finalmente, mais alguma coisinha pela vida, do que lançar gemidos que, não só não excitam ninguém como, por vezes, ainda tornam mais perverso o prazer de espancar. Que diabo, não é preciso grande jogo de cintura para fazer algo. Quem gostar de usar as mãos que as use, quem preferir que mexa as coxas ou até os dedinhos do pé. mas ficar-se quietinho num momento que devia ser de acção, não é só próprio de eunucos e frígidas: é próprio de quem não tem sangue a correr nas veias. Usem acessórios, brinquedos, vejam filmes marotos, o que quiserem mas, por amor de Vénus e de Príapo comecem a mexer-se antes que, por engano, alguém vos enterre vivos!
E então? sou ou não capaz de «ir fundo»? para mais esclarecimentos escrevam que eu faço um desenho ou, se preferirem dou uma lições práticas...
Vossa Maria Gustava de los Placeres Y Morales
Vossa Maria Gustava de los Placeres Y Morales
Cara Gustava, só não entende estes seus argumentos (de verdadeira especialista) quem já estiver morto (ou letárgico, o que não é melhor...). Continue a "ir fundo"... contra a passividade e o comodismo.
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