27-E assim, graças a engodos e rodeios
Que a todos trazem bem enganados
Cuidam de interesses próprios e alheios
Vendidos qu'a outros trazem comprados
Seus apetites vorazes, sem freios
Ah, «boys» e outros arregimentados
Qu'o povo se descobre em desespero
Por mor da má-fé e do destempero
28-E não menos já do que me parece
O tempo que avança sem contares
De quem, já tão cansado, amanhece
Dos muitos crimes, plurais e singulares
Contra a exangue Pátria que desfalece
Enquanto que com festas e cantares
Os crápulas exultam, fazendo peito
Orgulhosos do vergonhoso feito
29-Sempre soberbos, falsos Gigantes
Cuidando de lisonjear os ignorantes
Zelando, pelo método mais obscuro
De premiar ladrões e traficantes
Que negoceiam presente e futuro
Prometendo ao Povo todo o Céu
E fazendo das palavras, denso véu
30-E enquanto vendem, sagrado e profano
Do Templo por outrém edificado
Ostentam cínicos, o rosto humano
Que há muito trazem bem afivelado
Profissionais da mentira e do engano
( A isto chamam «sentido de estado»)
Pois que já se vêem figurar na História
Quando senil se escoe, a má memória...
Fim do canto segundo, continua na próxima quarta feira...
...dia 13...que azar!! A ladroagem continua e ostenta a Bandeira Nacional como donos do País...! Pudera mamaram tudo...!!
ReplyDeleteSe o falecido Luís, zarolho, por aqui andasse não diria melhor que o Luís de Cá Mões!!