O que te contou quem tanto gama
Esse imoral canto, mister de rapina
Que em três lustros já nos fez a cama
E os remédios da falsa Medicina
Da indústria FMI que bem nos trama
Fazem subir a febre que nos postra
E ainda nos impinges tua bosta
Põe tu, lá no pasquim que já não leio
As mentiras, futilidades e patranhas
Embrulha-as no teu pérfido paleio
E ignora o que importa, com tais manhas
Qu'o tanso viva calmo e sem receio
Ouvindo só o rumor de suas entranhas
Entretido qu'anda com tuas lábias:
Veras bestas eu tenho-as por mais sábias
Jornais e tv's entregues a sabujos
Públicas empresas, só lucrativas
Prós privados: ah os negócios sujos
Sob a mesa, e os habituais convivas
Tão finos e contudo tão obtusos
Comendo das gamelas colectivas
Nem dão conta que perfazem uma Vara
Ou se dão, cuidam que ninguém repara
Ah temperem os suínos com Loureiro
Acendam os Cavacos na fornalha
Coloquem todos os tachos no braseiro
Que quando o estâmago do povo ralha
A carne é de quem a apanhar primeiro
Mesmo se fede, como a da gentalha
A quem nossa miséria tanto deve:
Que já nem a Terra lhes seja leve...
(Continua na próxima quarta feira)
Públicas empresas, só lucrativas
Prós privados: ah os negócios sujos
Sob a mesa, e os habituais convivas
Tão finos e contudo tão obtusos
Comendo das gamelas colectivas
Nem dão conta que perfazem uma Vara
Ou se dão, cuidam que ninguém repara
Ah temperem os suínos com Loureiro
Acendam os Cavacos na fornalha
Coloquem todos os tachos no braseiro
Que quando o estâmago do povo ralha
A carne é de quem a apanhar primeiro
Mesmo se fede, como a da gentalha
A quem nossa miséria tanto deve:
Que já nem a Terra lhes seja leve...
(Continua na próxima quarta feira)
Gostei....aguardo os próximos episódios! : )
ReplyDeleteLuísa Ribeiro