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Sunday, March 27, 2011

E tudo o vento levou- filmes da minha vida por sir Frankie Goethe Wally Wood

Ah, o filme,  esse épico do cinema, cujo argumento  sempre me pareceu falacioso por inverter a ordem das coisas. Lembram-se? coitadinhos dos brancos sulistas e tal, que eram honestos esclavagistas e tal, tão mal compreendidos pelos malandros dos yankees que não tinham maneiras e tal. Foi um dos primeiros grandes filmes a cores mas o romance é tão a preto e branco que até os pretos sentem e agem como branquinhos submissos. Pois agora estão reunidas as condições para uma epopeia do género. A conversa que por aí se ouve, da parte de alguns privilegiados é semelhante: coitadinhos de nós e tal, que damos emprego aos malandros dos trabalhadores e tal, temos de acabar com os privilégios dessa gente que quer empregos seguros e tal, que querem educação gratuita e tal, hospitais públicos grátis e tal. Tudo se passa como se a «o jargão marxista da luta de classes» se tivesse invertido para se voltar agora contra os pobres e remediados, essa imensa mole de humanos que, por uma perversa manipulação, passam a ser os maus da fita. E no entanto, se procurarmos no dicionário o sentido da palavra privilégio, não há lugar a dúvidas: jamais os priviligiados podem ser, por definição, uma maioria, para mais tão esmagadora, pois o privilégio implica sempre «uma diferenciação de algo ou alguém, cujos direitos e deveres diferem da generalidade dos cidadãos». Como pois, continuar a sustentar, com tanta lata, que há privilégios exercidos por tanta gente contra uma muito escassa minoria de indivíduos?
O que é grave, é que este discurso foi tantas vezes repetido que se tornou verdadeiro para alguns opinadores da praça pública, sejam eles jornalistas, analistas ou outros escribas arregimentados. Como papagaios que sã,o de interesses bem identificáveis, mandaram os diccionários e a velha sabedoria às urtigas e aí estão eles, defendendo o indefensável, justificando o injustificável e zangando-se com os outros a pretexto do seu desalinhamento com o que eles cham o «politicamente correcto». Que eles nada sabem (ou nada querem saber) do que é correcto, já sabíamos nós. Que eles são contra o «relativismo Moral» dos outros também não é novidade. Novidade, novidade é julgarem-se uma élite só porque defendem as duvidosas élites contemporâneas. Porque até mesmo os seus Patrões os tratam como os sabujos que são: atiram-lhes um pau e e gritam: busca, busca. E eles lá vão, correndo e voltando com o pau na boca e rabinho a dar a dar...

1 comment:

  1. ...assim tocando na ferida dos intocáveis que fica sarada com o SUOR dos escravizados e de alguns carrascos prostitutos( por um prometido "qualquer coisa")...!!
    Querido Cáustico...ainda não chega!! Essa GENTE GULOSA não tem dicionário, nem ética, nem honra nem dignidade...,usam a "cartilha da usurpação e da subjugação!!
    ...mas vamos continuar a ENSINAR!!!

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Viseu, Beira Alta, Portugal
autor satírico, cartoonista pseudónimo de António Gil, Poeta e Ficcionista, Não sectário, Agnóstico, Adepto Feroz da LIberdade de Imprensa e de Opinião...

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