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Wednesday, March 2, 2011

Os «Razíadas», canto segundo: estr.1 a 4



1- Já neste tempo o infame trapaceiro
Que de outros ladrões se vai distinguindo
Chegava à mesa da Pátria, lampeiro
A luz do sol, às gentes encobrindo
Com out-lets, tralhas de sucateiro
E outros passes que lhe foram 
abrindo
A porta de um poder tão viciante
Que perdê-lo lhe parecia aviltante

2- Dentre outros um, por ele encomendado
O mortífero engano assim dizia:
Taxemos o trabalho, por atacado
Não a banca, nunca a mais-valia
E o Rei d'aqui, pouco alvoraçado
Quando não calava, até aplaudia
-Se entre ambos estalar um dia o verniz
Que educativo será pró país!

3-Sempre buscando a mercadoria
Sem receio que o povo se levante
Pl'a factura da água, da energia
Pl'as contas do Iva e por aí adiante
A inovação, o esforço de sinergia
- Ah, paleio manhoso de sobejo
Qu'aqui reproduzi-lo nem desejo...

4- E, porque o povo, em extremo desejoso
De ver, como coisa já anunciada
O momento mais que glorioso
D' afundar ambos, respectiva armada
E ainda o exército obsequioso
Que serve toda esta palhaçada
-Já não há maneira de reformá-la
à porca política e à sua canalha...


( a continuar, às Quartas-feiras)


para ver todo o Canto primeiro: https://sites.google.com/site/osraziadas/

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Viseu, Beira Alta, Portugal
autor satírico, cartoonista pseudónimo de António Gil, Poeta e Ficcionista, Não sectário, Agnóstico, Adepto Feroz da LIberdade de Imprensa e de Opinião...

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