Futeboys: pelo comentador Rolando Campos e Relvas

Malta do pontapé na bola:

  
Cá estamos de volta, para mais uma peladinha de língua. Registo e agradeço todas as sugestões e dicas que tenho recebido. Considero que muitas delas são «boas bolas» e prometo aos leitores que não entrarão em baliza rota. Vamos agora aos eventos da semana. Hoje tenho Parabéns a dar a uma série de gente...

  
Parabéns a Naide Gomes e Obikwelu. Estes dois atletas portugueses são o meu maior destaque, embora de futebol não se trate. Há muitos anos que defendo esta evidência: não é o futebol (o bom, claro) que tem atenção a mais, as outras modalidades é que têm atenção a menos. E uma coisa não impede a outra pois há países onde os cidadãos conseguem ver mais do que uma bola à sua frente, embora isto também possa depender da marca do whiskie...

Parabéns ao F.C.Porto que se sagrou campeão com umas semanitas de antecipação. Desta vez ganhou em dois campos embora a derrota do Benfica em Braga em pouco alterasse o que já era dado como certo. Num País em que tudo anda sempre meses ou mesmo anos de atraso, é um feito notável.

Parabéns também ao Leão, que pode estar a sair da fossa para onde o empurraram os caçadores de peles. Com eleições à porta e seis candidatos, os sportinguistas têm decerto mais em que pensar que este campeonato de má memória. Ainda assim, seria humilhante não conquistarem um lugarzinho na Europa. Embora o lugar certo para os Leões seja a savana Africana. Pelo menos para quem, como eu, não goste de ver esses esplêndidos animais enjaulados no zoológico...

Também de parabéns está a cidade de Braga. No Teatro Municipal da Pedreira, num cenário bem montado, com o público ao rubro, a trupe do Sporting Teatro de Braga levou a cabo uma tragicomédia memorável. Momento alto do espectáculo, o duelo entre Alan e Garcia, que terminou com o primeiro a rojar-se, agarrado ao seu próprio pescoço, numa representação impecável, excepto quando vista a câmara lenta. O público da primeira fila levantou-se com tal ímpeto que comoveu o Crítico de Teatro Carlos Xiça. Javi tudo, exclamou Garcia a caminho dos bastidores, depois de ter visto tudo vermelho. Talvez por isso, o agora consagrado encenador dos Domingos explicou, com paciência que era preciso melhorar a nível interno. Entende-se bem esse desejo porque a nível externo, o grupo não se pode queixar de nada, eh eh eh ( devo esta boca ao meu colega comentador Carlos Fernandes, que eu não sou dos que rouba ideias a ninguém).

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